Louise Peete, uma das únicas quatro mulheres a serem executadas na câmara de gás da Califórnia foi, ao longo da sua vida, vista como uma senhora refinada, culta e de fino trato, por todos quantos se cruzaram com ela. De facto, Louise tinha nascido no seio duma família tradicional e financeiramente confortável em 1883 e foi educada para ser uma típica senhora do Sul, (Southern Belle, como eles dizem) tendo recebido a melhor e mais esmerada educação que os seus pais puderam oferecer. Infelizmente, Louise tinha outras idéias e depois de ter sido expulsa do dispendioso e selecto colégio onde estudava por “comportamento inapropriado para com o sexo oposto”, abraçou uma carreira repleta dos maiores sucessos criminosos, por toda a América. Em Waco, Texas, ela enfrentou uma acusação de homicídio mas, no julgamento, acabou por ser absolvida depois de ter explicado que tinha “morto a vítima, para defender a sua preciosa virtude sulista”. Imagino que se tenha fartado de chorar... Algum tempo mais tarde, não teve assim tanta sorte e foi condenada a prisão perpétua, na Califórnia, por ter assassinado um empresário. Foi uma prisioneira-modelo, tendo cumprido a sua pena durante 19 anos, ao fim dos quais foi libertada em 1943. Um bondoso casal de idosos que tinha visitado Louise na prisão, ofereceu-lhe uma casa e, depois de aceitar, ela agradeceu e compensou o simpático casal de velhotes, enfiando uma bala na nuca da senhora, tendo-a enterrado no quintal da casa, debaixo duma árvore de abacate. Desta vez, a justiça não foi tão branda e no dia 11 de Abril de 1947, Louise Peete instalou-se sóbria e elegantemente na câmara de gás, mais parecendo uma respeitável e impoluta catequista que se preparava para ensinar mais um capítulo das sagradas escrituras às suas criancinhas.
terça-feira, junho 16, 2009
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12 comentários:
Credo..
Uma querida, não era?!
Não lhe ensinaram em pequena a dizer obrigado em vez de disparar sobre as pessoas.
Aparentemente, a senhora não tinha qualquer motivo que a levasse ao mundo da marginália. Eu penso que, pessoas como essa, com desvios de comportamento tão radicais são doentes, teem uma mente criminosa...
Concordo, Pureza. Cada vez estou mais convencida que somos nós que traçamos o nosso destino. Somos aquilo que nascemos. É claro que o meio ambiente e a educação têm uma influência importante, mas não é tudo. Há pessoas que nascem intrinsecamente más, outras boas e outras mais ou menos. Nem sempre o ADN é tudo. Passa-se qualquer coisa no momento da fecundação que dita tudo o resto. Deve ser por isso que encontramos filhos do mesmo pai e da mesma mãe e até gémeos, completamente diferentes uns dos outros.
Nossa!
Essa é bem estilo do sul desse país cocozinho mesmo, cabeça de jegue até não poder mais e com orgulho!
Já agora, uma pergunta: E o que são quem condena à pena de morte e quem executa? Tanto quanto sei, nas certidões de óbito os médicos legistas escrevem que os executados foram vitimas de homicidio... Isto para não levantar estas questões... Nem creio que a pena de morte tenha diminuido o indice de crimes violentos nos EUA.
Olá Fernando, nunca te tinha visto por cá. Não estamos a discutir a pena de morte aqui, estou apenas a dizer que há pessoas que são más por natureza. A maldade mora lá dentro. E se o facto de haver pena de morte não diminuíu o índice de crimes violentos, mais me ajudas. Não quero estar ao pé de pessoas destas. Vai haver mais histórias destas e há outras lá mais em baixo. Have fun!
Há pessoas que lhes para isto. É uam questão de feitio...
Uns chatos, é o que é...
Bé, que loucura a dessa mulher. Que horror!
Abracos
..só um exêmplo de como as APARÊNCIAS enganam...
Perigos mais presentes do que nunca...!
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