quinta-feira, junho 04, 2009

Tudo Boas Raparigas - Eva Coo

Há pessoas que coleccionam selos e outras coleccionam postais ilustrados. A Madame Eva Coo, dona de um bordel, coleccionava apólices de seguros de vida dos amigos, colegas e empregados. Um dos seus empregados em particular, o algo atrasado de espírito, Harry Wright que fazia pequenas tarefas domésticas por ali, (pregar pregos na parede, mudar lâmpadas, desentupir sanitas) tinha encontrado abrigo debaixo da asa protectora da madame quando a sua mãe morreu subitamente. Mrs Wright tinha nomeado Eva Coo como tutora da herança do filho, que consistia nalguns milhares de dólares e a casa da família. Eva não tardou muito a deitar a mão à fortuna de Harry e depois da casa ter sido consumida por um incêncio misterioso, do dinheiro do seguro ter sido reclamado e gasto logo a seguir, o pequeno Harry tornou-se, obviamente, inútil e até dispensável. A ajudar à festa, Madame Eva tinha feito uma apólice de seguro de vida em nome do rapaz no valor de cerca de seis mil dólares, valor este que seria a duplicar no caso dele morrer de acidente. Se bem pensou, melhor o fez. Com a conivência duma outra empregada sua, Martha Clift, Eva elaborou um plano (muito inteligente...) para aumentar o seu pé de meia. No dia 14 de Junho de 1934, Martha e Eva levaram o desgraçado do Harry de carro para um local isolado nos arrabaldes duma terreola chamada Oneonta, Nova Iorque, onde Eva lhe deu com uma moca na cabeça - arrumando-o logo ali, claro - e Martha ainda lhe passou com o carro por cima. Em seguida, as duas senhoras deixaram o corpo à beira duma muito movimentada estrada, para dar a impressão de atropelamento e fuga. A polícia não ficou nada convencida com esta história a após algumas horas de interrogatório, Martha foi-se abaixo e pôs a boca no trombone. Foi acusada de homicídio em segundo grau e condenada a pena perpétua, mas cumpriu apenas 13 anos.
Eva Coo não teve tanta sorte. Foi condenada à pena de morte e executada na cadeira eléctrica a 27 de Junho de 1935 na prisão de Sing Sing, em Nova Iorque. As suas últimas palavras foram “goodbye darlings” para as matronas carpideiras que a acompanharam na sua última caminhada.

5 comentários:

Menina do mar disse...

Arrepiante esta Eva...

Anónimo disse...

Bé, de sexologa a contadora de cronicas policiais, ainda que de uma dama do sexo! Muito bem!

Jorge Pinheiro disse...

Ai filha, andas tão dramática (esta era fresca!).

roserouge disse...

Tenham paciência, mas eu adoro as minhas assassinas! É com cada história!! rsrsrs

Alice Salles disse...

WOW! Essa teve coragem!