quinta-feira, junho 18, 2009

Tudo Boas Raparigas - Toni Jo Henry

A bonita Toni Jo Henry parecia ter tudo na vida: uma beleza capa-de-revista, elegante, inteligente e ainda por cima pertencia a uma muito tradicional e respeitável família do Louisiana. Para além da sua forte personalidade, tinha também uma fascinação doentia pelo lado mais obscuro da vida. Aos 16 anos, era já uma das prostitutas mais requisitadas num bordel de luxo em Shreveport, Louisiana. Um dia, ao fazer um trabalhinho por fora no estado do Texas, ela conheceu um marginal chamado Cowboy Henry, apaixonaram-se e casaram imediatamente. Infelizmente, os seus planos para um futuro radioso em conjunto, tiveram que ser adiados, pois o Cowboy estava apenas em liberdade sob caução, enquanto esperava o resultado duma acusação por homicídio em segundo grau. Quando a sentença foi lida, foi condenado a 50 anos de prisão e, a jovem recém-casada Toni Jo ficou absolutamente arrasada. Durante o julgamento, jurou bem alto para toda a gente ouvir, que havia de tirar o marido da prisão o mais rápido possível. Depois de reunir um considerável arsenal de armas das mais diversas proveniências, ela tinha que arranjar um automóvel que lhes possibilitasse a fuga. Depois de conseguir boleia numa estrada secundária, tratou de encostar o cano duma espingarda à cabeça do pobre condutor, mandou-o seguir até um local bem isolado e obrigou-o a despir-se. De acordo com alguns relatórios, Toni Jo sacou de um alicate, com o qual segurou o orgão vital do desgraçado e arrastou-o assim até um arrozal (esta do alicate, também não percebi). Assim que lá chegaram, matou-o com um tiro na cabeça e bazou logo dali para fora. Nunca conseguiu chegar até Cowboy Henry e foi rapidamente apanhada e condenada à morte na cadeira eléctrica. Depois de lhe raparem o cabelo, ela fez a sua última caminhada numa prisão do Louisiana no dia 28 de Novembro de 1942 com uma bandana bem colorida a envolver-lhe a cabeça. Tinha apenas 26 anos.

22 comentários:

Paulo Lontro disse...

Isto é uma história de amor...?
Ou a miúda era mesmo apanhada dos carretos...?!?!

Menina do mar disse...

Alicate?? Ahahahahahaha! Original lá isso era...

roserouge disse...

Lontro, as minhas assassinas são todas chanfradas. E a cena do alicate, pois, ainda não percebi... se ela tinha armas, porque raio queria o alicate?!

Fernando disse...

Este blog está a ficar bem interessante... Já agora uma achega:
Toni Jo Henry foi a única mulher a ser condenada à morte no estado da Louisiana, e teve a sua história passada a filme com o título The Pardon. A atriz Jaime King (Sin City – A Cidade do Pecado) fez de Jo Henry.
O ator Jason Lewis ("A Morte" e a "Vida de Bobby Z") interpretou o papel de marido.
Tom Anton (At Last) foi o realizador e também escreveu o roteiro em parceria com Sandi Russell, com quem trabalhou em At Last.

roserouge disse...

UAU, Sr. Fernando, muito bem, muito obrigada pela informação! Comentaristas destes é que a gente gosta! Tás a ver, como é sempre bom a gente nunca dramatizar muito as coisas... nada como ver o sunny side of life! Palmas, clap, clap, clap!! Já agora, onde posso encontrar esse filme? Tem título em português? Como diz o amigo Jorge: aprende-se muito nos blogues...

fernando disse...

Já agora sugiro que fale de Erzsébet (ou Elizabeth) Báthory (matou entre 40 a 600 pessoas), Mary Ann Cotton (matou 15 a 21 pessoas), Marybeth Tinning (matou os nove filhos), Mary Noe (matou oito dos dez filhos), Belle Gunnes (matou 40 pessoas, entre maridos, filhos, sogra e amantes), suzane-von-richthofen (matou os pais), Rosemary West (matou 10 pessoas). Tambem aconselho uma vista de olhos em http://br.geocities.com/psipoint/arquivo_psicopatologia_psicopatia_feminina.htm

pureza disse...

Já percebi, fernando, que o assunto te empolgou.
Nesta história deu para entender que alguma coisa correu mal. Perversidade ou loucura. Alguma coisa superou a outra e perdeu-se a razão de ser.

(que mundo obscuro, rosa flor...)

Fernando disse...

Não pureza, continuo a pensar da mesma maneira e por isso sugeri uma vista de olhos aquele link.

roserouge disse...

Fernando, vou procurar um dia destes, boa idéia. Já agora, vê-se a cena do alicate no filme?

Pureza, esta gente era toda doida.

Fenando disse...

As minhas desculpas, o filme vai ser rodado este ano. Estou destroçado com este erro. lol

Fernando disse...

Este género de psicopatia não é muito vulgar no género feminino. Estudos indicam que eles estão quase todos associados a traumas de infancia, tais como estupro, violência doméstica etc. Até é de admirar que haja (ou tenham havido) tão poucas mulheres assassinas... Por isso mesmo, acho de uma violencia a aplicacao da pena de morte... Enquanto não se resolverem as causas, estes casos vão continuar a acontecer...

roserouge disse...

Não defendo a pena de morte. Mas não tenho pena nenhuma dum psicopata assassino em série ou dum viciado em crack que põe um bébé num micro-ondas porque ele não pára de chorar. Ou de alguém que corta uma pessoa às postas por puro prazer. Sorry. Somos gente a mais neste mundo.

Jorge Pinheiro disse...

Isto é que são paixões... Agora só matam os maridos!

roserouge disse...

Geralmente, foi porque mereceram.

pureza disse...

Não tenho nada contra. Embora ache meio bizarro o interesse por esses assuntos, por outro lado, admiro quem tem essa visão alargada do mundo em que a gente vive. Isso existe, acontece, é um dos desvios da mente do homem. Mas, pessoalmente, já acho muito complicado entender a mente e atitudes daqueles que a gente entende como "normais".

roserouge disse...

A primeira vez que li estas histórias fartei-me de rir. Sinceramente. Apesar de verdadeiras, já se passaram há muito tempo e ao traduzi-las do inglês tentei que não perdessem o humor negro que as envolve. Se leres bem, cada uma delas tem dois ou três aspectos bem caricatos e até cómicos, no meio daquele disparate todo. Parecem filmes do Tarantino e dos irmãos Coen.

Alice Salles disse...

Cada uma que me aparece!

Al Kantara disse...

Não percebeste a do alicate ? Olha que eu percebi muito bem e até a mim me doeu um bocadinho !...

roserouge disse...

Ó pá, tá bem, eu percebi. E olha que até a mim me doeu... rsrsr. Mas a cena é: se tinha armas, não bastava ameaçá-lo com uma delas?! Ou então era um fetiche qualquer que ela tinha... rsrsr

Fernando disse...

Não será porque aquilo que o homem tem entre as pernas e na testa tenha sido a principal causa dos seus traumas? Quem sabe do seu passado?

roserouge disse...

Na testa? És italiano? Ma que testa de casso...

Ví Leardi disse...

..isto aqui tá parecendo novela...Muto bom! Este tema dá muito pano para manga!!