sábado, março 21, 2009

Crime e Castigo

Violência doméstica é a violência, explícita ou velada, praticada dentro de casa, usualmente entre parentes (marido e mulher). Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, violência contra a mulher e contra o homem, maus-tratos contra idosos e a violência sexual contra o parceiro.Pode ser dividida em violência física — quando envolve agressão directa, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objectos e pertences do mesmo; violência psicológica — quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas; e violência sócio-económica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos económicos. Também alguns consideram violência doméstica o abandono e a negligência quanto a crianças, parceiros ou idosos.

Estatisticamente a violência contra a mulher é muito maior do que a contra o homem. Em geral os homens que batem nas mulheres fazem-no, cobardemente, entre quatro paredes, para que não sejam vistos por parentes, amigos, familiares e colegas do trabalho. A maioria dos casos de violência doméstica são classes financeiras mais baixas, a classe média e a alta também tem casos, mas as mulheres denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e à sua família.
A violência praticada contra o homem também existe, mas este tende a esconder mais por vergonha. Pode ter como agente tanto a própria mulher quanto parentes ou amigos, convencidos a espancar ou humilhar o companheiro. Também existem casos em que o homem é apanhado de surpresa, por exemplo, enquanto dorme.

É mais frequente o uso do termo violência doméstica para indicar a violência contra parceiros, contra a mulher, contra o homem. A expressão substitui outras como "violência contra a mulher". Também existem as expressões "violência no relacionamento", "violência conjugal" e "violência intra-familiar".
Note que o poder num relacionamento envolve geralmente a percepção. Uma pessoa pode se considerar como subjugada no relacionamento, enquanto que um observador menos envolvido pode discordar disso.
Muitos casos de violência doméstica encontram-se associados ao consumo de álcool, pois a bebida pode tornar a pessoa mais agressiva. Nesses casos o agressor pode apresentar inclusive um comportamento absolutamente normal e até mesmo "amável" enquanto sóbrio, o que pode dificultar a decisão do parceiro em denunciá-lo.

É impossível discutir a violência doméstica sem discutir os papéis de género e se eles têm ou não têm impacto nessa violência. Algumas vezes a discussão de género pode encobrir qualquer outro tópico, em razão do grau de emoção que lhe é inerente.
Quando as mulheres passaram a reclamar por seus direitos, maior atenção passou a ser dada com relação à violência doméstica, e hoje o movimento feminista tem como uma de suas principais metas a luta para eliminar esse tipo de violência. O primeiro abrigo para mulheres violentadas foi fundado por Erin Pizzey, nas proximidades de Londres, Inglaterra. Isso aconteceu na década de 1960. Pizzey fez certas críticas a linhas do movimento feminista, afirmando que a violência doméstica nada tinha a ver com o patriarcado, sendo praticada contra vítimas vulneráveis independentemente do sexo.

Lembre-se que o silêncio não ajuda e que ele é, muitas vezes, cúmplice dos actos violentos.

Se presenciar, suspeitar, ou for vítima de alguma situação de desrespeito pelos direitos humanos, não hesite, contacte o gabinete de apoio à vítima mais perto de si - APAV, ou ligue o número único 707 20 00 77 (Portugal).
(Fonte - Wikipédia)

4 comentários:

Gustavo disse...

comentei a homenagem que recebi de vossa senhoria. "minrmã"
abs,

GUS

Silvares disse...

As imagens são extraordinárias de força e significado. Muito melhor que excelente!

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Bé, nós tivemso uma vizinha que vivia apanhando do marido. Meu pai a socorreu inúmeras vezes. Ela dava parte a polícia, mas ele como era da Marinha Mercante nunca ficava preso e ainda debochava dela qdo ele retornava. Uns 8 anos se passou e um dia soubemos que ela o matou com a própria arma que ele tinha. Ela ficou uns 5 meses presa. O que ela tinha de depoimento ao longo desses anos dos sofrimentos que ela teve com ele nao foi fácil. Ao menos ela nao foi condenada...

roserouge disse...

Um amigo meu contou-me que aqui há uns anos atrás, ouvia constantemente gritos que vinham da casa da vizinha de cima. Começou a tomar atenção e apercebeu-se que a senhora apanhava do marido. Um dia, durante uma sessão de pancada, este meu amigo passou-se da cabeça, subiu ao andar de cima e, assim que o energúmeno lhe abriu a porta, o meu amigo começou a esmurrá-lo e disse-lhe: "Que seja a última vez que você bate na sua mulher. Se eu tornar a ouvir alguma coisa, venho cá acima outra vez e dou cabo de si." Foi remédio santo. Mais tarde, a vizinha veio agradecer-lhe e disse-lhe que ele nunca mais lhe tinha batido.
Por isso é que eu digo que não podemos ficar indiferentes, temos que denunciar, hoje em dia já existem instituições que apoiam e encaminham pessoas maltratadas. Abomino qualquer tipo de violência.