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A história de Tarzan e da chimpazé Chita mudou a vida desta extraordinária mulher. Foi, possivelmente, ainda em criança, que esta maria-rapaz tivesse criado na sua cabeça alguma analogia com a outra Jane que, na história, se apaixonou por Tarzan, o que a levou a abandonar a civilização para mergulhar nas profundezas da selva. Jane Goodall nasceu em Bournemouth, Sul de Inglaterra, em 1934. O seu percurso de vida, não seria o esperado para uma "menina bem-comportada", de família, mas Jane mandou tudo às urtigas e em Julho 1966 aportou à região de Gombe, na Tanzânia.
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Jane dedicou-se ao estudo, no terreno hostil da selva africana, dos chimpazés, trabalho este que veio revolucionar o que a comunidade científica pensava até então sobre estes mamíferos e que a transformou numa das mais conceituadas especialistas em primatas. Actualmente, o material reunido por Jane e pela sua equipa ao longo de mais de 40 anos de investigação junto de 3 comunidades de chimpazés da região de Gombe, contabiliza mais de 320 mil páginas de dados e oito mil imagens.
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Um novo olhar - Até Jane se dedicar à observação e ao estudo dos chimpazés, era dado por certo que apenas os seres humanos tinham capacidade para trabalhar com ferramentas. Jane comprovou o contrário ao ver um destes primatas usar uma folha para alcançar um ninho de térmitas que, depois, comeu deliciado. Se até então e definição de humano era "aquele que utiliza instrumentos", foi preciso adoptar uma perspectiva completamente diferente.
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"Só temos um planeta mas, da maneira como vivemos hoje em dia, vamos precisar de mais cinco. Temos que nos lembrar que cada dia que passa, provocamos um efeito no mundo". - Jane Goodall
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Em 1977, a cientista fundou o Instituto Jane Goodall com o objectivo não só de preservar e estudar o habitat dos chimpazés, mas também de promover o estudo da fauna e flora locais, das populações humanas e do seu modo de vida e formas de desenvolvimento sustentável. Catorze anos depois, Jane criou um programa educacional chamado "Roots & Shoots", destinado a alertar as novas gerações para a necessidade de preservar o património natural e que conta actualmente com mais de oito mil grupos, em mais de 100 países. Este objectivo leva-a a percorrer o planeta durante 300 dias por ano, apesar dos seus 74 anos, em palestras e conferências mas, mesmo assim, ainda arranja tempo para escrever livros e, claro, estar com os seus "amigos" na reserva de Gombe.
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A marca de roupa "Gant" associou-se ao Instituto Jane Goodall: na compra de um polo (€68), a marca planta uma árvore na floresta tropical africana. Como diz Jane, "cada um de nós tem um papel a desempenhar, cada um de nós pode fazer a diferença". Quem quiser saber mais sobre o magnífico trabalho desta mulher extraordinária, pode procurar em www.janegoodall.org, onde até se pode tornar "guardião" de um chimpazé.
3 comentários:
Mais uma das suas extraordinárias postagens!
Parabéns!
Excelente Post, menina Rose!!
Há mulheres verdadeiramente extraordinárias. Dedicam-se a uma causa, lutam por ela, tornam o mundo melhor, ajudam os outros, ficam na história, deixam um legado qualquer e são felizes assim. Merecem toda a minha admiração.
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