Até que chegou a célebre cena do karaoke em Lost in Translation. E participações em vídeos de Bob Dylan e Justin Timberlake. E uma perninha num álbum de beneficiência a dar largas ao seu amor pelos standards, cantando uma versão de Summertime de Cole Porter. E uma aparição surpresa no concerto-reunião dos Jesus & Mary Chain na edição 2007 do festival norte-americano Coachella, certamente um singelo tributo dos rapazes à cena final de Lost in Translation, quando Bill Murray se despede de Scarlett e volta para a América ao som de Just Like Honey. Mas... e Tom Waits? Afinal, como aparece ele nesta história? Como se tornou ele o "muso" do álbum de estreia de Scarlett Johansson, Anywhere I Lay My Head?
Em 2006, impressionados pela sua versão de Summertime, os A&R's da Rhino contactaram-na no sentido de gravar um álbum, que ela a princípio julgou ser só de standars. Mas ela queria incluir uma canção de Waits, Never Talk To Strangers e a coisa tornou-se num álbum só de canções de Tom Waits "a partir do momento em que percebi que fui fã dele quase a vida inteira". Mas as coisas não correram bem numa primeira fase porque "estava rodeada de meros músicos de estúdio, que se limitavam a recriar ao milímetro os instrumentos originais e tudo ficava a soar horrível." Entra em cena Dave Sitek, guitarrista dos TV On The Radio e produtor, entre outros, dos Yeah Yeah Yeahs e Liars, descoberto graças a amigos comuns. E ela disse: "Adoro os TV On The Radio! E disse-lhe claramente que não queria fazer uma mera recriação de originais. Assim que ele me disse que o disco devia soar como se eu tivesse bebido xarope para a tosse e tivesse visto a Sininho do Peter Pan a voar, soube logo que ele era o homem certo para o trabalho".
E o que dizer da mãozinha que David Bowie deu em dois temas, Falling Down e Fannin Street? Primeiro: Bowie e Johansson conheceram-se durante as filmagens de The Prestige. Segundo: Bowie é um fã confesso dos TV On The Radio. Terceiro: Bowie apareceu de repente no estúdio, depois de Johansson o ter informado sobre o disco num jantar e de o ter convidado a aparecer se quisesse. Mas mais importante ainda, que pensará Tom Waits, o homenageado, de toda esta aventura? Segundo ela, "ele deu toda a sua aprovação para seguirmos com o projecto. E gostou muito do resultado".
Scarlett Johansson
Texto parcialmente extraído e ligeiramente modificado dum artigo da revista Blitz. A primeira vez que vi esta miúda num filme, foi no belíssimo "O Encantador de Cavalos" de Robert Redford, devia ela ter uns 15/16 anos e eu comentei com alguém: "Esta miúda é fantástica. Se não se estragar pelo caminho, pode ir bem longe". Ora aí está...
10 comentários:
E quem não é fã de Tom Waits!? Ele também é fantástico...
Scarlett canta ? Eh, eh, nem precisava ....
É pena é ela não me querer ouvir na idade adulta (podia ser que também encontrasse um lado...)
Pois, nesta altura do campeonato só os charme e os ombros é que nos safam!
Ó Al, porque é que não gravas um disquinho com músicas tuas e lho mandas? Nunca se sabe... se não souberes falar inglês, eu traduzo...
Não sabia que ela também cantava - ela é muito bonita, muito sensual. Gostei muito do trabalho dela no "encantador de cavalos" com o encantador Redford.
Sou grande admirador de T. Waits e de S. Johansson. Esperei com muita impaciência a saída do CD, mas fiquei muito decepcionado com o resultado. Que pena, estava com tantas expectativas...
scarlett tem luz... além de um e outro apetrecho...
Tudo coisinhas sem importância nenhuma...rsrsrs
Ela podia ser muda
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