segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Sid Vicious - 10 Maio 1957 - 2 Fevereiro 1979

E se Sid Vicious não tiver morto Nancy Spungen?

A 12 de Outubro de 1978, Sid matou Nancy num apartamento do Chelsea Hotel, em Nova York. Esta é a versão oficial do desfecho do "Romeu e Julieta" do punk, protagonizado pelo baixista dos Sex Pistols, Sid Vicious e pela sua namorada americana, Nancy Spungen. O escritor Alan Parker (não o confundamos com o realizador com o mesmo nome) propôs-se descobrir se a versão oficial é verdade. O resultado, o documentário "Who Killed Nancy?", construído a partir de 182 depoimentos e de uma nova investigação dos arquivos policiais nova-iorquinos, estreia a 6 de Fevereiro em Londres e, como seria de esperar, reacende a discussão.

Amigo de Anne Beverly, mãe de Sid que se suicidou em 1996, Parker conta ao "Guardian" que foi instigado por ela a provar a inocência do filho. "Who Killed Nancy?" não o faz, mas acrescenta novos dados ao processo. Revela, por exemplo, que tendo tomado 30 doses de um poderoso sedativo, Sid Vicious não poderia estar, à hora do crime, acordado e funcional. Refere o desaparecimento do dinheiro do casal, que seria em quantidade significativa tendo em conta os direitos autorais de "My Way", a versão de Frank Sinatra que Vicious editara recentemente em single e os concertos que este vinha dando em Nova York - e lembra que a polícia encontrou no quarto impressões digitais de seis pessoas mas que não interrogou nenhuma delas. (...)

(...) Avançando temporalmente até à morte de Vicious, por overdose de heroína a 2 de Fevereiro de 1979 - nessa noite terá discutido possíveis versões para um novo álbum, incluindo "I Fought The Law" e "YMCA" - o documentário tenta aproximar-se o mais objectivamente possível do que foram os últimos meses de vida do ícone do punk britânico.
Parker, que diz ter enterrado com o fime uma relação com Sid Vicious que define como "obsessiva" (já lhe dedicou três biografias) tem consciência que a verdade é, neste caso, impossível de descobrir: "Pretendia apenas limpar o seu nome. Claro que não estive lá, não posso jurar sobre a Bíblia que ele não o fez, mas as pessoas envolvidas sempre me disseram para continuar a investigar e, quando se investiga, de facto as peças simplesmente não encaixam."

Este texto foi integralmente retirado do suplemento "Ípsilon" do jornal Público de 30/01/09.

5 comentários:

Jorge Pinheiro disse...

Deve ser interessante, embora não seja um personagem que minimamemente me atraia.

Alice Salles disse...

Eu acho que realmente, ele não estaria são o suficiente para matar ninguem, mas... A policia é uma incompetente!

Unknown disse...

Sid não sabia tocar nem cantar, requisitos necessários para se ser músico.
O look punk garantiu-lhe a eternidade, o que também é excessivo.

roserouge disse...

Mas quem é que no Punk sabia tocar e cantar?

Luis Baptista disse...

Tocar e cantar, é subjectivo, como em qualquer estilo, mas voltando ao cerne, acho que alguém minimamente são, nunca acreditaria que foi Sid que matou Nancy, acho que o que o autor diz é simplesmente isso, e achava Sid com algum carisma, tinha o grave problema da droga e chegou a uma altura onde se juntou às pessoas menos indicadas, depois foram os azares davida, simplesmente acabou-se.