Este post é para ti, ó grande Expresso. Deves ter lá estado, não? Eu vi Miles em Lisboa no Coliseu em 1989, foi memorável. O homem tocou de costas o tempo todo para o público, nunca se virou de frente e quando ocasionalmente o fazia era para nos olhar com aqueles olhos de carneiro mal morto, como quem se está borrifando para toda a gente. Nem um "thank you" nem nada. Aquele ali do blusão cor de rosa, quem é? O Sonny Rollins?
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
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10 comentários:
Também o vi em 89. O homem já estava doente. Morreu pouco depois. Tocava encostado a um calorífero a óleo, se bem te lembras.
Pois em 71 estive lá, obviamente. E até conservo o programa oficial. Razão porque te posso dizer que o sax era do Gary Bartz. Ó tempo, volta p'ra trás!!!
Desse pormenor já não me lembro. Tinha um casaco comprido quase até aos pés, acho que era vermelho de cetim, não era?
Acho que não. Tenho a ideia de vinha de camisa preta.
Pois, se calhar tens razão...
Em se falando de assuntos delicados: hoje, já se tem ideia se a emigração foi uma fatalidade ou um mal necessário?
Pureza, essa capa de revista é de 1971. Só pus aí, porque o Jorge do expresso da linha esteve nesses concertos do Cascais Jazz e guarda essas memórias. Naquela época, antes do 25 abril isto era um verdadeiro happening, uma pedrada no charco. Eu não estive lá, era miúda ainda não percebia nada de jazz.
A emigração, ou a deslocação de seres humanos dum lado para o outro no mundo, faz parte da raça humana, sempre existiu, foi assim que o mundo se foi povoando ao longo de milhares de anos. As pessoas procuram sempre melhores condições de vida ou a própria sobrevivência.
Ya, eu entendi, foi só uma provocação. Mas é interessante notar que um assunto tão contraditório, já fosse uma preocupação, antes mesmo que ele viesse a se sedimentar, de uma forma mais alargada.
Sim, mas naquela época a emigração portuguesa já era uma realidade. Durante os anos 60 saiu imensa gente de Portugal, não só para fugir à pobreza mas também à guerra colonial.
O artista tocando com a bunda para a platéia. Nenhum espectador se habilitou a enfiar-lhe um dedo no rabo ? Até os gênios da raça merecem um exame proctológico em público, de vez em quando.
E ESTE DE CERTEZA APITAVA!
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