sexta-feira, dezembro 31, 2010
terça-feira, dezembro 14, 2010
Solid Potato Salad
Este é um video de 1944, que foi recuperado, digitalizado e colorido. Elas são as "Irmãs Ross". As irmãs de borracha, deveria acrescentar. A canção dura um minuto, mas vejam o que elas fazem a seguir...
Apreciem.
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Coltrane Forever
Album: Olé Coltrane (1961) - John Coltrane
Personnel:
John Coltrane - soprano sax
Eric Dolphy - flute
Freddie Hubbard - trumpet
McCoy Tyner - piano
Reggie Workman - bass
Art Davis - bass
Elvin Jones - drums
Mude
quinta-feira, dezembro 09, 2010
sexta-feira, outubro 22, 2010
Dame Paula Rego
Após a cerimónia, que decorreu ontem no Palácio de Buckingham, a artista qualificou a investidura como uma "experiência maravilhosa".
"É um grande reconhecimento, mas penso ser também bom conseguir vender os próprios trabalhos. Demorou muitos anos até o conseguir fazer" - disse, citada pela agência Press Association.
Ao receber o segundo maior grau desta Ordem, criada em 1917, Paula Rego passa a ter o título de Dama - o equivalente ao Sir usado pelos homens - que pode usar antes do nome.
É a quarta pintora a receber esta honra, depois das distinções atribuídas a Laura Knight, Ethel Walker e Elizabeth Blackadder.
A distinção tinha sido anunciada a 12 de Junho, a propósito do aniversário da rainha, que todos os anos homenageia pessoas que se tenham distinguido nas respetivas áreas, nomeadamente nas artes.
Embora tenha nascido em Lisboa, em 1935, Paula Rego é considerada uma das melhores pintoras vivas no Reino Unido.
Paula Rego chegou a Londres para estudar em 1952 na Slade School of Art, onde conheceu o marido, o pintor britânico Victor Willing.
Depois de um período em Portugal, Paula Rego acabou por se instalar na capital britânica em 1976, onde mantém residência e continua a trabalhar.
Hoje, confessou que encontra motivação na "curiosidade" e no desejo de "tentar fazer algo diferente".
"Tento sempre fazer melhor, tento sempre fazer melhores desenhos e quadros. O que eu gosto de fazer é desenhar muito" - disse.
Paula Rego foi agraciada ao mesmo tempo que dezenas de outras personalidades das artes, da moda e da ciência, numa cerimónia com rituais antigos.
Para os graus mais altos, os condecorados têm de se ajoelhar perante a rainha e são ordenados com o toque da espada nos ombros antes de receberem a insígnia.
Entre os homenageados estavam Brian Cox, físico que foi músico na juventude mas que hoje é conhecido como um dos melhores comunicadores científicos, e Charles Blanchflower, economista que fez parte do Banco de Inglaterra e que avisou para o perigo de uma crise financeira.
A atriz Vicki Michelle, que se celebrizou devido ao papel de Yvette na série "'Allo 'Allo!", foi condecorada pelo trabalho em causas de solidariedade.
Fonte: Expresso Online
terça-feira, outubro 12, 2010
segunda-feira, outubro 11, 2010
sábado, outubro 09, 2010
Birthday Party
Se fosse vivo, John Lennon continuaria a ser, aos 70 anos, um activista pela paz, afirmou a viúva do cantor, Yoko Ono a um dia de se comemorar a data do seu nascimento.
John Lennon, um dos mais criativos músicos do pop rock, nasceu a 9 de Outubro de 1940 e foi assassinado a 8 de Dezembro de 1980, em Nova Iorque.
Para assinalar o aniversário do nascimento estão previstas várias iniciativas que recordam o património musical de John Lennon a solo e com os Beatles.
Yoko Ono afirmou que, se fosse vivo, Lennon estaria hoje muito mais descontraído com a idade e com o facto de celebrar 70 anos do que quando festejou 40. Continuaria a ser um activista pelos direitos humanos e pela paz porque, defendeu, «é preciso fazer alguma coisa para mudar o rumo do mundo».
Esta semana foram editados os álbuns a solo do músico britânico numa versão remasterizada. A viúva do cantor afirmou esperar «que esta reedição faça chegar a sua música incrível a novos públicos e que quem já está familiarizado com o seu trabalho encontre uma renovada inspiração».
«As suas letras são tão pertinentes hoje como no tempo em que foram escritas», adiantou Ono, sublinhando o título que foi dado a esta reedição, Gimme some truth (Dêem-me alguma verdade - em tradução livre).
Com o objectivo de recordar John Lennon, o YouTube divulgará no sábado mensagens de várias figuras, como o ex-baterista dos Beatles, Ringo Starr, e o actor Jeff Bridges.
Também o Google assinalou hoje a data com um vídeo na sua página de pesquisa e com a mudança do seu logótipo.
Fonte: Jornal Sol online
segunda-feira, setembro 27, 2010
sábado, setembro 25, 2010
Perto do Coração Selvagem
Clarice Lispector (1920-1977)
quinta-feira, setembro 16, 2010
Party Time
Estou aqui construindo o novo dia com uma expressão tão branda e descuidada que dir-se-ia não estar fazendo nada. E, contudo, estou aqui construindo o novo dia! - António Gedeão
segunda-feira, agosto 30, 2010
Slow Train Coming
Bob Dylan pinta e desenha frequentemente desde os anos 60 - a capa de "Self Portrait", de 1970, é da sua autoria - mas só nos últimos três anos tem mostrado este lado da sua vida artística em exposições. Entre 4 de Setembro e 30 de Janeiro de 2011, o Museu Nacional de Arte da Dinamarca, em Copenhaga, mostra um novo capítulo da carreira do Dylan pintor. Depois de aguarelas e desenhos de pequena dimensão, o americano voltou-se para os acrílicos e para obras de grande escala. "The Brazil Series", a primeira exposição de pinturas de grandes dimensões de Dylan, inclui 40 pinturas e oito desenhos criados nos últimos dois anos.
As obras mostram "retratos da vida diária nas cidades e no campo", avistados por Dylan em viagens pelo Brasil, informa uma sinopse da exposição: "Vinicultores, ciganos, políticos, apostadores e 'gangsters'.
Uma grande colecção de motivos e assuntos que acentua o fascínio do artista pela diversidade do Brasil. As obras surgem quase como registos antropológicos, despidas de quaisquer sentimentos românticos, preconceitos ou comentários sociais. O motivo em si mesmo, o seu potencial de composição, e a narrativa que lhe está implícita parecem ser as coisas que mais interessam ao artista".
Dylan fez esboços nos locais, em guardanapos ou sacos de papel, que funcionaram como pontos de partida para o trabalho no ateliê, onde adensou a linha narrativa por trás de cada imagem, seguindo a tradição figurativa do século XX, na linha de pintores como George Bellows e Thomas Hart Benton, refere o mesmo texto. É uma obra que não complementa ou dá novos sentidos às canções de Dylan, antes funciona como um universo específico. "Se pudesse expressar o mesmo numa canção, teria escrito uma canção", disse Dylan durante a preparação da mostra.
Coincidindo com a abertura da exposição, será editado o livro "Bob Dylan. The Brazil Series", a primeira análise com profundidade crítica e histórica da obra visual do músico.
Fonte: Ípsilon, 13/Agosto/2010
The Blue Note
Eric Clapton - Autobiografia
Here, There and Everywhere
Peça de porcelana atingiu dez vezes o valor que era esperado. Objeto fez parte de um leilão ligado aos Beatles, em Liverpool.
O vaso em porcelana branca, decorado com frisos e motivos florais azuis, foi usado pelo músico quando vivia em sua casa de Tittenhurst Park no condado de Berkshire (sudeste da Inglaterra), entre 1969 e 1972.
A peça, avaliada em 1.000 libras no máximo no catálogo, foi adquirida por um colecionador estrangeiro durante a 33ª convenção dos Beatles de Liverpool.
O vaso tinha sido dado por John Lennon a John Hancock, um pedreiro que fez alguns trabalhos para ele. O músico lhe havia proposto guardá-lo e usá-lo como um jarro de flores, após a instalação de um novo banheiro.
A peça foi conservada durante 40 anos, até a morte do pedreiro. A decisão de vendê-la foi tomada pelo filho.
Fonte: Agência France Press via jornal "O Globo".
Segundo a amiga Pureza Silva, que me "ofereceu" este presente via Facebook é "uma preciosidade... testemunha o(cu)lar das partes mais íntimas do idolatrado Sir JohnLennon - é emocionante"...
sexta-feira, agosto 20, 2010
The Eye Of Jazz
Este post foi integralmente copiado, com a devida autorização do dono, do excelente Disto e Daquilo, aqui mesmo ao lado.
quarta-feira, agosto 18, 2010
Come, Tell Me How You Live
Os editores não gostaram. Não havia trama nem crime. Era como mostrar o álbum de férias a estranhos. O que é que os leitores dela tinham a ver com aquilo?
Quase tão lida quanto a Bíblia, Mrs Mallowan não puxou dos galões. Disse que o livro era “uma frivolidade”, como se falasse de um par de sapatos.
Foi um sucesso, claro, e mais de sessenta anos depois continua em edição de bolso e politicamente incorrecto – vários turcos e pelo menos um árabe “sub-humano” saem daqui para a glória. Mas de ninguém a autora ri como de si própria, ansiosa, voluntariosa e volumosa.
Foi no deserto sírio, no intervalo dos cacos - hoje expostos no Museu Britânico, mas também no Museu de Alepo - que Agatha Christie escreveu muitos dos seus crimes. Na Síria é a memória de como foi inteiramente feliz ali. Os árabes gostavam quando ela chegava. Tudo a fazia rir.
Na Síria - Agatha Christie Mallowan
Prefácio de Alexandra Lucas Coelho
Tinta da China, 2010
terça-feira, agosto 17, 2010
Um Pastel Em Belém
Beleza, vaidade, sexo, talentos, processos de criação, eventos sociais, transformação. Cada sala tem um tema, ecrãs e sofás. Ao fundo, uma imagem em loop de Warhol a correr na direcção dos visitantes. Para montar esta exposição, Judith Benhamou mergulhou de cabeça nos arquivos do Museu Andy Warhol, em Pittsburgh, e nas memórias dos (poucos) colaboradores sobreviventes do artista. Nas suas investigações descobriu verdadeiras pérolas, como um anúncio da Coca-Cola light: "Andy Warhol fazia tudo, não tinha preconceitos. Ele estava apostado em construir um império económico e conseguiu." O resultado é um anúncio piroso, com Warhol inexpressivo, no meio de gente feliz, a beber Coca-Cola.
Numa outra sala, fechada em cortinas de veludo vermelho escuro, outra preciosidade: um episódio da série "Barco do Amor" onde Andy Warhol aparece como convidado. "Ele é péssimo a representar! Falei com o produtor da série e ele disse que trabalhar com ele foi um verdadeiro pesadelo, nunca sabia os textos, nem o que fazer", conta Benhamou.
Na exposição pode ver-se também excertos do último "Andy Warhol's 15 Minutes", o programa da MTV criado e apresentado por si, com um último episódio inteiramente dedicado a Warhol, aquando da sua morte, com imagens do seu funeral. No entanto, esta não será a última imagem que irá ver: "Não queria que a exposição acabasse de forma triste", explica a comissária. Assim, a última obra a ser exibida é um videoclip que Warhol fez para os "The Cars".
Cinema
O que esta exposição não mostra - já que se concentrou apenas nas criações televisivas de Warhol - é o lado cinematográfico, obscuro e artístico de Warhol. Começaram por ser horas de imagens gravadas de pessoas a fazer coisas tão simples como dormir ("Sleep", 1963), beijar ("Kiss", 1963/64), a cortar o cabelo ("Haircut", 1963) ou a ter sexo oral ("Blowjob", 1964). Warhol gostava de ver, sem interferir. Era o oposto de um realizador, já que com os seus filmes não tentava mostrar a sua visão: ele era um voyeur e a câmara os seus olhos. As imagens eram gravadas a preto e branco e depois exibidas em slow motion. Mais tarde, os seus filmes passaram a ter guiões. "Chelsea Girls" e "Couch" são exemplos disso. Guiões loucos que raramente passavam de indicações de acção e eventuais diálogos. Os actores eram todos os que gravitavam em redor de Warhol. Os proscritos da sociedade, travestis, drogados, deprimidos e aspirantes a artistas, que encontravam em "The Factory" o ateliê de Andy, uma espécie de casa. Havia drogas e sexo para todos e Warhol alimentava a sua carreira com os impulsos mais negros dos outros.
Fonte: ionline.
Até 14 de Novembro. Fui ver e gostei muito. Vão ver.
domingo, agosto 08, 2010
Bookshop
Mas há sempre lugar para o espaço físico dos livros. O Huffington Post fez uma selecção das melhores livrarias do mundo e, guess what, a portuguesa Lello está em segundo lugar. Os nove espaços seleccionados são aqueles que fazem com que qualquer utilizador de laptops e de eReaders, ceda aos encantos de comprar um livro. De papel e tinta. Com cheiro, páginas para folhear e capas de todos os tamanhos e feitios.
Top 9 livrarias mundiais:
1 – Selexyz, em Maastricht, Holanda. Em 2008 já tinha sido reconhecida pelo The Guardian como a melhor livraria do mundo. A loja é dentro de uma Igreja Dominicana, que data de 1924.
3 – El Ateneo, em Buenos Aires, Argentina. Noutros tempos foi um teatro, “The Grand Splendid”. Em 1929 foi o primeiro local no mundo a passar filmes com som. Na El Ateneo, os leitores podem descansar no elegante café que a livraria dispõe.
4 – Poplar Kid´s Republic, em Beijing, China. O espaço é amplo e conta com uma arquitectura divertida, capaz de seduzir os mais novos. Tem mais de três mil títulos, traduzidos em diversas línguas.
5 – Cafebreria El Péndulo, Cidade do México, México. Um três em um: bar, café e livraria, com plantas naturais que decoram o interior. Espaço de conforto e chillout.
6 – Shakespeare and Co, em Paris, França. É inglesa, mas está em Paris. Por lá pararam grandes autores, como Hemingway ou Fitzgerald. Ali encontram-se obras contemporâneas, como as de colecção, que não estão para venda, mas podem seu consultadas no espaço de leitura que o local tem no andar de cima.
7 – The Strand, em Nova Iorque, EUA. Tem cerca de 18 mil livros, milimetricamente arrumados e organizados. Também vende livros usados, com o preço que merecem, claro.
8 – Goulds Books Arcade, em Sydney, Austrália. Tem uma colecção de 300 mil livros e vinis, outros tantos, à volta de 650 mil, em armazém e ainda cerca de 70 mil online.
9 - Hay-on-Wye, no País de Gales. Conhecida como a “Cidade dos Livros”, existem mais de trinta livrarias na cidade. É também associada ao local onde se encontram livros em segunda mão e de edições antigas.
Este post foi integralmente copiado - com a devida autorização da amiga Maria Nunes - do excelente Nas Pregas Da Língua, aí mesmo ao lado . Olá Cat Power.
quinta-feira, agosto 05, 2010
Escrever Escrever
Revisão de Textos/Iniciação (consultar o site para informação sobre outros cursos)
4, 9, 11 e 16 de Agosto - das 19h30 às 22h - Formador: Manuel Monteiro
http://www.escreverescrever.com/
Casa Das Histórias
No Verão há aventuras. Tempo para sonhar acordado, fantasiar, tempo para aproveitar a sombra das árvores e desenhar os recortes de luz, sentir o fresco das folhas e o cheiro da Natureza. No Verão há tempo para descobrir novas paisagens, escutar histórias e estarmos juntos. Nestes meses de calor venha partilhar connosco o prazer da arte em todos os espaços da Casa das Histórias, nas salas de exposição, no auditório, no jardim, na loja na cafetaria. Temos à sua espera pinturas e desenhos, ciclos de cinema, ateliês onde pode aprender, descobrir talentos, ser criativo. Não deixamos a noite de fora da programação, por isso o convidamos para uma "visita sob as estrelas" e porque não para um jantar-concerto? As actividades são para todos, de todas as idades. Venha visistar a Casa, verá que aqui os dias são mais longos.
Eduardo, este post é para ti. Se não estivesses do outro lado do Oceano, tenho a certeza que irias aproveitar estes eventos ao máximo!
sábado, julho 31, 2010
Crisis? What Crisis?
sexta-feira, julho 30, 2010
quarta-feira, julho 28, 2010
A Morte Por Um Fio
Esta é a génese do programa Mudando Vidas através da Literatura, que arrancou em 1991 em Massachusetts e funciona agora em diversos estados norte-americanos - incluindo o Texas, senhor de uma das maiores taxas de encarceramento do planeta e um dos que mais aplicam a pena de morte. Em quase 20 anos, milhares de condenados leram e debateram obras como O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway. "As histórias funcionam como um espelho", explicou Robert Waxler ao jornal New York Times. Ao lê-las, uma pessoa pode perceber quem é e o que quer ser. Não só os condenados, também os técnicos de reinserção social e os juízes que participam nas sessões. (...)
(...) Podia um programa destes funcionar em Portugal?
Ana Cristina Pereira - Jornal Público
Por ser um artigo muito longo, não copiei tudo. Mas vale a pena lê-lo na totalidade aqui.
segunda-feira, julho 26, 2010
Warhol TV
Exposição produzida em cooperação com o The Andy Warhol Museum.
Um dos Carnegie Museums of Pittsburgh.
Com o apoio da Maison Rouge, Paris.
Integrada no FUSO. Festival Anual Internacional de Vídeo Arte de Lisboa.
Curadoria: Judith Benhamou-Huet.
Até 14 de Novembro de 2010.
Summer Night
Não sei onde é que vou arranjar dinheiro para isto tudo, vou mesmo ter que ir roubar este mês... mas John Surman e Jack DeJohnette já ninguém me tira. Devia de haver um subsídio cultural, ou coisa que o valha, não acham?! Seria uma boa medida para incentivar o acesso à cultura, criar um plafond mensal ou assim. Por exemplo: vou ver dois ou três concertos ou peças de teatro por mês ou até mesmo outro evento qualquer e depois apresentava a conta ao Ministério da Cultura ou outra entidade do género cheia de assessores e assessores de assessores e secretárias de assessores e eles diziam - oh, que linda menina, que amiga que ela é de bons espectáculos, assim é que é, toma lá de volta o dinheiro dos bilhetes e vai comprar mais!... Whaaat?! Estou a dizer disparates? Estou a sonhar? A delirar? Estão 40º lá fora, estão à espera do quê?! Mas não era bom que assim fosse? Era, não era?!?! (...I simply remember my favorite things, and then I don't feeeeeel sooo baaaaaad.)
quinta-feira, julho 22, 2010
sábado, julho 17, 2010
Perfect Day
No Verão de 2005, Vincent Moon fez este filme com uma super8 em França, a pedido dos The National para o single Lit Up do excelente álbum Alligator - "algures entre a música rock e a natureza ou como nós, os humanos, somos pura emoção, pulando da água para o palco, libertando o que nos vai na alma" - Vincent Moon.
E então a coisa vai ser assim: levantar bem cedinho amanhã de manhã. Encontro com alguns amiguinhos em Lisboa, em local a combinar. Atravessar a ponte, rumo ao Meco. Encontro com outros amiguinhos que já lá estão desde ontem. Ouvir as novidades e impressões deixadas pelos concertos das noites anteriores. Rir muito e dizer repetidamente "ya ya que fixe". Alagartar com o que resta da carcaça nas areias da praia. Dar umas cacholadas nas ondas, para refrescar as idéias e soltar o ranho que se vai acumulando ao longo da semana. Dizer disparates. Rir muito. Fazer xixi no mar, a única maneira de aquecer a água durante breves instantes. Comer uma ou duas pistoletes (sandochas) de atum com tomate. Beber água. Falar sobre as últimas coisas que se andam a ler e outras tipo "o quéquetensfeito?". Comer pêssegos, ameixas e melão partido aos quadradinhos numa tuperuére. Beber mais água. Começar a arrumar a tralha e recolher o lixo para vir embora. Sacudir a areia dos pézinhos e limpar bem aquela que o vento foi colocando nas orelhas e nas pregas das partes pudibundas. Vestir a mesma roupa. Constatar que não vale a pena tomar duche, vai mesmo assim, o cabelo todo desgrenhado e a pele a saber a sal. Rir muito, dizer mais coisas sem sentido nenhum e beber mais água. Chegada ao recinto do festival e começar a comer pó. Ir à procura do bar mais próximo. Deambular por ali, de copo de plástico na mão e a saltitar de palco em palco para conseguir ver o mais possível para depois ter assunto de conversa com os amigos. Bater palminhas segurando o copo com os dentes, assobiar e continuar a rir muito. Dar beijinhos aos The National e abracinhos aos Spoon. Beber mais umas jolas para limpar a garganta daquela poeirada toda. Gemer. Gemer muito e pensar "qu'esta merda nunca mais acaba, já não sinto os pés". Ai. Bater mais palminhas, clap clap clap, dar muitos pulinhos e gritinhos quando Prince pisar o palco. Já cá veio duas vezes e eu nunca vi. Devia de andar distraída com outras coisas. Jiboiar um bocado por ali no chão ou assim, irreconhecíveis com tanta terra em cima, podres de cansaço, ah ganda concerto e tal, mas muito contentinhos também. Suspiros e mais gemidos de dor, todos juntos. Aaaai... Regressar a Lisboa não sei a que horas, não sei se no domingo ou segunda, logo se vê. Oh it's such a perfect day, I'm glad I spent it with you... (Lou Reed).
sexta-feira, julho 16, 2010
Uma Família Às Direitas...
quinta-feira, julho 15, 2010
A Partida
Ordenei que trouxessem o meu cavalo dos estábulos. O criado não compreendeu as minhas ordens. Por isso fui eu próprio até aos estábulos, selei o meu cavalo e montei. Escutei, à distância, o som de um trompete e perguntei ao criado o que significava. Ele não sabia nada, nada ouvira. Frente ao portão, deteve-me e perguntou:
Franz Kafka - A Partida (Contos)
quarta-feira, julho 14, 2010
segunda-feira, julho 12, 2010
Poema Enjoadinho
Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!
Poema Enjoadinho - Vinicius de Moraes
O Ovo
- Mãe, estou cheia de fome! O que é o jantar?
- Ainda não sei, talvez uns bifinhos de peru grelhados com uma saladinha... Apetece-te?
- Nem por isso, o que me apetecia mesmo era arroz branco empapado em manteiga com ovinhos mexidos. Ó mãezinha querida, vá lá...
Luís Fernando Veríssimo
quarta-feira, julho 07, 2010
C'est Comme Ça...
Estive a rever o embate televisivo, em 1980, entre Catherine Ringer e Serge Gainsbourg. A primeira coisa que ali vemos é Ringer, cantora do duo Les Rita Mitsouko e moderna a cheirar a novo, sentada ao lado de um moderno consolidado, o volúvel Gainsbourg. Não tarda a verificar-se o previsível choque, talvez geracional. Ringer, empenhada em épater o moderno consolidado, contou que tinha participado em filmes porno e foi interrompida por um depreciativo Gainsbourg, que lhe disse que isso era simplesmente fazer de puta e não podia causar mais vómitos. A conversa enrolou-se durante um bom bocado, porque Ringer (genial artista que me revelou Sergi Pàmies, o Inverno passado) recusou-se a aceitar que ser actriz porno fosse repugnante e ela, uma puta. Gainsbourg insistiu que ser puta era nauseabundo. Ringer disse então que quem era asqueroso era precisamente ele, mas acabou por aceitar, com um meio-sorriso, que o seu passado era repugnante. "Em todo o caso - desculpou-se Ringer - o meu trabalho faz parte da aventura moderna". E então o caldo entornou-se de vez, e o momento acabou por se tornar memorável.
- Ah, não! - disse um exaltado Gainsbourg - A aventura moderna não é repugnante. Nós temos ética.
Se Rimbaud, no séc. XIX, semeou a essência do ser moderno em França, Gainsbourg, na mesma França, apontou o fim do "vale tudo", marcou os limites morais da vanguarda e deu o primeiro pontapé na modernidade sem ética. Um momento histórico.
Fonte: Diário Volúvel - Enrique Vila-Matas, 2008
Teorema - Fevereiro, 2010
sábado, julho 03, 2010
A Cor Do Horto Gráfico
Última atualização do dicionário de língua portuguesa - novas entradas:
Testículo: Texto pequenino
Abismado: Sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa
Biscoito: Fazer sexo duas vezes
Coitado: Pessoa vítima de coito
Padrão: Padre muito alto
Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo
Democracia: Sistema de governo do inferno
Barracão: Proíbe a entrada de caninos
Homossexual: Sabão em pó para lavar as partes íntimas
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas
Detergente: Acto de prender seres humanos
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F
Conversão: Conversa prolongada
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Luz solar: Sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton
Tripulante: Especialista em salto triplo
Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca
Assaltante: Um 'A' que salta
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Ortográfico: Horta feita com letras
Destilado: Do lado contrário a esse
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho
Coordenada: Que não tem cor
Presidiário: Aquele que é preso diariamente
Ratificar: Tornar-se um rato
Violentamente: Viu com lentidão
Este texto foi-me enviado por email pelo meu querido paizinho, que está a convalescer duma pequena operação a uma hérnia na virilha direita. Foi a quarta ou quinta intervenção a hérnias que ele fez. Umas vezes do lado direito, outras do lado esquerdo. Enfim, consequências tardias para quem passou muitos anos a atirar-se de aviões cá pra baixo. Manias...
terça-feira, junho 29, 2010
Quase Famosos
Site: www.myspace.com/realcombolisbonense
Fonte: Jornal Optimus/Blitz nº 18.