The Velvet Underground & Nico poderá muito bem ser o mais influente álbum da história da música popular. O mítico disco com a capa da banana foi editado em 1967 e ajudou a mudar a face do planeta rock.
"A música deles era demasiado alta e louca para a clientela de qualquer café de turistas.
As pessoas saíam com um ar confuso." - Andy Wahrol.
A originalidade da estreia dos Velvet Underground não se limitou à música e ficou patente logo na capa, concebida por Andy Wahrol. As primeiras cópias a serem colocadas no mercado convidavam quem as adquirisse a "descascar lentamente e ver" o que havia por baixo da imagem da banana: uma fálica forma cor-de-rosa. A chegada do disco às lojas, em Março de 1967, foi aliás atrasada devido à necessidade de maquinaria especial para imprimir esta capa. Wahrol era já uma super-estrela na época e a MGM não hesitou em aceder a todos os seus pedidos, esperando que as vendas compensassem o investimento. A foto da contracapa - tirada num dos espectáculos Exploding Plastic Inevitable -também levantou problemas, por incluir uma imagem do actor Eric Emerson projectada por cima da banda. A MGM foi obrigada a retirar cópias do álbum do mercado e a apagar a imagem do actor para evitar processos.
O Acetado de Norman Dolph - No início de 2007, foi vendido no site de leilões eBay um acetado dos Velvet Underground por 25.200 dólares (perto de 17.800 euros). Conhecido como "o acetado de Norman Dolph", esta preciosa relíquia foi comprada por Warren Hill, um nativo de Montreal, Canadá, quando se encontrava de visita a Nova Iorque. Numa rua do bairro de Chelsea, Hill adquiriu três discos por 75 cêntimos cada, um deles embrulhado numa folha de alumínio e com as palavras "Velvet Underground 4-25-66 Att N. Dolph". Warren Hill percebeu logo que tinha comprado algo de especial e, com a ajuda de Eric Isaacson, da loja Mississipi Records em Portland, chegou à conclusão que se tratava da primeira versão do álbum que haveria de revolucionar a história do rock. Andy Wahrol tinha contratado Norman Dolph em 1966 (pagando-lhe com uma pintura) para o ajudar a gravar o álbum dos Velvet para depois o apresentar às editoras. E esta versão, gravado nos Scepter Studios, é consideravelmente diferente da que seria editada em 1967. "European Son", por exemplo, tem mais dois minutos do que a versão conhecida e é mais bluesy. Bruce Russel dos Dead C, afirmou na revista Wire que este acetato "serviu para humanizar um processo que já andava perto da mitologia".
com sotaque à Greta Garbo". - Andy Wahrol
The Velvet Underground & Nico foi, ao longo destas quatro décadas, alvo das mais intensas análises, por parte de várias gerações de críticos. Escrever sobre a banda de Lou Reed e John Cale e, sobretudo sobre o seu primeiro álbum, é quase um ritual iniciático, praticamente obrigatório para quem dedica atenção à música através da escrita. Lester Bangs, um dos maiores críticos norte-americanos, tinha mesmo uma obsessão com Reed. Eis uma passagem de 1970: " a sua música, que a uma primeira audição pode soar meramente primitiva, pouco musical e caótica, tinha nos melhores momentos pequenas subtilezas bem desenhadas e sonoridades estranhas que cortavam através de uma batida simplista e rígida que por vezes até soava perdida". Dez anos depois, Greil Marcus, na antologia de textos sobre o punk In The Fascist Bathroom, referia que "a viola de arco eléctrica e furiosa de Cale era uma boa parte da beleza horrífica de "Heroin", um tema que, segundo o mesmo autor, mas nas páginas de Mystery Train, era o mais poderoso manifesto anti-droga, embora "também arriscasse criar novos viciados". E Robert Christgau, o auto proclamado "reitor dos críticos norte-americanos", confessou mesmo que o "primeiro album acabou por se revelar profético, mas à época, não havia maneira de saber". Décadas depois, só restam certezas: Chris Jones, da BBC, garante que "sem este pedaço de plástico não haveria glam-rock, kraut ou punk"."Mesmo tendo vendido poucos milhares de cópias em 1967, cada uma foi ter às mãos de alguém que formou a sua própria banda." - Brian Eno
13 comentários:
Eu te juro que nao consigo parar de rir do que o Warhol falou da Nico! HAHAHAHHAHAH!
É...Wahrol era uma figura única! rsrs
Nico era a "chanteuse" de serviço. O álbum da banana marcou um tempo louco no underground de Nova Iorque. Havia alguma fricção entre ela e Lou Reed, que se auto-intitulava front man dos VU. Foi pena terem acabado tão cedo, mas entre criativos há sempre problemas de afirmação.
Nico andou perdida e fugida. Gravou alguns albuns, bons, mas sem a projecção que teve nos VU.
Morreu em 1988.
Só agora reparei que tenho escrito mal o nome de "Warhol". Amanhã vou ter que corrigir, agora já não me apetece...
já sou uma rockeira agora!!
É um álbum obrigatório!! Os Velvet Underground foram uma influência para montes de bandas e ainda hoje continuam ser uma das referências mais importantes do Rock.
Excelente homenagem ao álbum da Banana! ;)
É...eu cá gosto dos Velvet. E estive a ler umas coisas sobre eles que não sabia e apeteceu-me. A única coisa que tenho deles é uma cassete que só consigo ouvir no carro e é o que tenho ouvido nestes últimos dias. Ou quando vou viajar e deixo de conseguir apanhar a Radar e a Oxigénio e vai de cassete pra dentro.
:-)
Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.
- Daniel
[url=http://kaufencialisgenerikade.com/]generika cialis[/url] generika cialis
[url=http://acquistocialisgenericoit.com/]costo cialis[/url] cialis acquisto
[url=http://comprarcialisgenericoes.com/]venta cialis[/url] cialis 10 mg
[url=http://achatcialisgeneriquefr.com/]acheter cialis[/url] cialis sans ordonnance
[url=http://kaufencialisgenerikade.com/]cialis bestellen[/url] cialis
[url=http://acquistocialisgenericoit.com/]acquistare cialis[/url] costo cialis farmacia
[url=http://comprarcialisgenericoes.com/]cialis precio[/url] cialis
[url=http://achatcialisgeneriquefr.com/]achat cialis[/url] achat cialis
Hello. And Bye. Thank you very much.
Hello. And Bye. Thank you very much.
Enviar um comentário