1907/08
E deste-me, Senhor, cinco sentidosServindo tão precária Razão
Para entender porque é que os homens vão
Ficando cada vez mais pervertidos.
Do Mundo vejo seus cristais partidos;
As almas toco frias de Paixão;
E, de revolução em revolução,
Só oiço o arfar dos oprimidos.
Há cheiro a pólvora, no ar, mais denso;
Na boca um paladar a sangue humano
E no peito Himalaias de maldade.
Não sei, Senhor, não sei! Segundo penso,
Para extirpar de vez tamanho dano,
Só mesmo destilando a Humanidade.
António de S.Tiago
3 comentários:
Coméquié? Hoje ninguém comenta o poema do meu Pai? Que estranho...não há mais posts pra ninguém! Greve...
A perversão é um prato que já existe a muito tempo em nosso cardápio, só que, atualmente, devido ao aprimoramento do seu tempero, ela aumentou de intensidade, ou seja, se não dermos um basta no seu desempenho, com certeza, o fim do mundo será bem antecipado, havendo no entanto, a necessidade de um novo começo.
Adorei. Parabéns para o autor e para ti pela escolha.
Estive navegando, avistei tua nave, gostei e não resistí.
Abraços,
Furtado.
Olá Furtado, nunca te tinha "visto" por cá. Obrigada pela visita e oportuno comentário. Bj.
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