sábado, julho 18, 2009

Mrs. Robinson

- Benjamin, do you find me undesirable?
- Oh no, Mrs. Robinson. I think you're the most attractive of all my parent's friends.
No primeiro encontro entre Dustin Hoffman e Anne Bancroft no hotel, Bancroft não sabia que Hoffman lhe ia pôr as mãos no peito. Esse pormenor não constava do guião e Hoffman decidiu fazê-lo porque a cena lhe lembrava os miúdos na escola a tentar ajudar as meninas a vestirem o casaco e ao mesmo tempo e muito desajeitadamente, tentar apalpá-las. Quando, durante a filmagem, Hoffman fez esta cena, Mike Nichols, o realizador, teve um ataque de riso, Hoffman começou a rir também e a cena ficou.
Mrs. Robinson, you're trying to seduce me. Aren't you?

Ao longo do ano seguinte ao filme ter sido lançado, 1967, a indústria do plástico alcançou uma prosperidade e sucesso nunca antes vista. Os peritos atribuíram este fenómeno ao facto do actor Walter Brooks ter referido no filme que o futuro estava “nos plásticos”. O próprio Walter Brooks disse mais tarde que teria investido no plástico se tivesse adivinhado que a sua frase no filme teria tanto sucesso.
Quando “The Graduate” (A Primeira Noite) foi estreado em Portugal, a parte final do filme foi cortada; o filme acabava com o infeliz Ben do lado de fora da janela da igreja, observando Elaine a casar-se. A razão pela qual o filme sofreu um corte tão drástico foi porque na época, antes do 25 de Abril, a mentalidade “oficial” era baseada em valores profundamente católicos e a censura tinha ordens rigorosas para não deixar passar nada que pudesse corromper a juventude. Como tal, foi decidido que o filme deveria acabar desta forma, dando a lição que nada deverá alguma vez opor-se à Igreja, Pátria e Família.


Simon & Garfunkel - Ao vivo no Central Park, Nova Iorque - 19/Set/1981

3 comentários:

Anónimo disse...

Essa foto, cartaz do filme no Brasil, poderia, tranquilamente, estar no Pé de Moça!

Jorge Pinheiro disse...

Pois... só é que percebi a diferença. Vi o filme há tempos e o final era diferente do que me recordava. O da censura tinha muito mais piada. Assim, é tipicamente americano...

roserouge disse...

No Pé de Moça estará, Eduardo!

Jorge, desculpa lá, mas felizes para sempre é muito mais bonito do deixar o desgraçado do lado de fora da igreja. E vende mais. os finais felizes vendem sempre muito.