quinta-feira, julho 09, 2009

Absolute Beginners

Absolute Beginners é um romance de Colin MacInnes escrito em 1958 e publicado em 1959, em Londres, Inglaterra. Foi o segundo romance de MacInnes e faz parte da London Trilogy, o primeiro chama-se City of Spades (1958) e Mr. Love and Justice (1960), o terceiro e último. Estes três romances são completamente independentes uns dos outros e não partilham personagens.

Este romance foi escrito na primeira pessoa sob a perspectiva dum adolescente fotógrafo free lance, que vive na zona de West London, num bairro pobre, porém social e culturalmente vibrante a que ele chama Napoli. É aí nessa zona que vive também uma grande comunidade de imigrantes das Caraíbas, bem como outros ingleses considerados párias da sociedade, tais como homossexuais e drogados.
O tema central do romance incide essencialmente sobre as opiniões e atitude do narrador em relação ao surgimento de toda uma nova cultura que foi tomando lugar entre a juventude da época, bem como à sua (dele) fixação por roupas, música jazz, o amor que ainda sente pela sua ex-namorada Crêpe Suzette, a doença do seu pai e as tensões e motins raciais entre britânicos e caribenhos, e que deram origem aos “Notting Hill Race Riots”, entre finais de Agosto e princípios de Setembro de 1958.

Absolute Beginners é o tema-canção do filme com o mesmo nome, realizado por Julien Temple. Este filme é uma adaptação do livro de Colin MacInnes e este tema foi escrito e interpretado por David Bowie. Bowie e Temple eram amigos e já tinham trabalhado juntos na curta-metragem Jazzin’ for Blue Jean. As sessões para a gravação desta canção decorreram nos estúdios Abbey Road e os músicos escolhidos receberam um convite para irem gravar com Mr. X, que afinal era Bowie. As gravações decorreram relativamente rápido, mas a saída da canção foi adiada para coincidir com o lançamento do filme que estava um pouco atrasado. A Virgin fez questão que o filme e a canção saíssem ao mesmo tempo.
Temple filmou também o vídeo promocional da canção Absolute Beginners num ambiente muito anos 50 para coincidir com o do filme. Este video é também uma homenagem a um antigo anúncio inglês aos cigarros Strand, cujo mote era “Você nunca está sozinho com um Strand”. Foram também usadas imagens do filme.



I've nothing much to offer
There's nothing much to take
I'm an absolute beginner
And Im absolutely sane
As long as we're together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we're absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same
If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean/sail over heartaches second time
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
Nothing much could happen
Nothing we can't shake
Oh we're absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you're still smiling
There's nothing more I need
I absolutely love you
But we're absolute beginners
But if my love is your love
Were certain to succeed
If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean/sail over heartaches second time
Just like the films
There's no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true

Ouvi esta canção hoje de manhã na rádio. Fiquei com ela na cabeça o tempo todo e o dia passou muito mais depressa. Eu oiço sempre rádio. Aprende-se muito.

3 comentários:

Paulo Lontro disse...

Um dia em 2001 ou 2002, trabalhava eu em Itália, estava em Siena naquele dia a visitar clientes.

De tarde olho para um poste e vejo um pequeno cartaz com as fotos das capas do Hunky Dory e do Ziggy Stardust.

Duas fotos inconfundíveis, ligadas ao meu cantor preferido (com a morte de Frank Zappa, o único vivo), aproximo-me e vejo, “Hoje, na praça de Siena, 20 horas, David Bowie ao vivo”.

Lembrei-me que pouco antes tinha quase o bilhete para o ver aqui no Porto no estádio das Antas e ele teve o ataque cardíaco, tremi e fui directo à praça.

Um tipo, que finalizava o palco, diz-me que é um concerto aberto e grátis, será apenas “Ele” em palco com a guitarra.

Olhei o céu e disse, seja lá quem fores… Grazie mille !!!

roserouge disse...

Ele já veio a Lisboa, ao estádio de Alvalade, algures no princípio dos anos 90, mas perdi esse, já nem sei porquê. Arrependo-me até hoje. Hoje de manhã, quando ia para o trabalho, ouvi no carro esta canção, bem alto e apercebi-me de nuances que nunca tinha reparado. O gajo é bom mesmo! Vinte e tal anos depois e esta música ouve-se sempre, não perde o fio. Há filmes assim também: quanto mais os vês, melhor te apercebes de pormenores que não tinhas visto antes e que fazem toda a diferença.

the dear Zé disse...

amen