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terça-feira, setembro 15, 2009

Ex-posed

O fotógrafo suiço Matthias Willi capta com a sua câmara os momentos íntimos de alguns rockstars nossos conhecidos assim que saem do palco. Esta série de fotos intitula-se: The Moment After The Show: Rockstars Exposed.
Iggy Pop
- you got thirty fuckin' seconds...
Chino Moreno - Deftones
Nick Oliveri - Queens of The Stone Age
Jesse Hughes - Eagles of Death Metal
- you made me look good...
Joey Castillo e Josh Homme - Queens of the Stone Age
Els Pynoo - Vive La Fête
Robert Trujillo - Metallica
Kid Rock
Matt Bellamy - Muse
Juliette Lewis - The Licks
- that's the only way to show how we really are...
Gnarls Barkley - Danger Mouse and Cee-Lo Green
Mike Patton - Fantoma/Faith No MOre
Brian Molko - Placebo
Amy Winehouse
- ó Amyzinha, és sempre a mesma, valha-nos Deus...

terça-feira, julho 07, 2009

Enjoy The Silence

Depeche Mode

Estados Unidos, 1994 - Só podia dar confusão mesmo! Um ano após terem dado início a uma digressão mundial de 14 meses num total de 159 concertos, os Depeche Mode convidaram os Primal Scream para os acompanharem nas últimas datas, uma viagem de dois meses pelos estádios da América. Em Santo António, Califórnia, alguns membros da comitiva dos Primal Scream, incluindo o guitarrista Robert "Throb" Young, foram presos por nadar no rio e por se atirarem a um polícia. Mas isto nem foi nada comparando com o que foi acontecendo com os próprios Depeche Mode. O cantor Dave Gahan retirava-se para o seu camarim privado forrado a carpete negra para se injectar continuamente com speedballs, a mesma mistura de heroína e cocaína responsável pela morte de River Phoenix - e também de Rainer Werner Fassbinder e John Belushi, já agora. Andy "Fletch" Fletcher foi substituído nesta parte da digressão devido a "instabilidade mental", enquanto Martin Gore tinha ataques regulares devido aos excessos cometidos nas intermináveis festas. Mas todos os espectáculos eram um verdadeiro happening. Gahan, um destroço ambulante incapaz sequer de falar antes de subir ao palco, aguentava-se estoicamente durante duas horas graças às carradas de cortisona com que era injectado. Acabou a digressão com duas costelas partidas e hemorragias internas e teve uma sobredose num hotel de Los Angeles antes de, finalmente, decidir ganhar juízo, depois de uma paragem cardíaca de dois minutos. No entanto, as marcas de uma das digressões mais narcóticas da história foram profundas: nenhuma das bandas editou novo material até 1997.
Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm
Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words of trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm
Enjoy The Silence - Violator, 1990
Quando recebi a notícia de que o Kurt (Cobain) tinha rebentado com os miolos, a minha primeira reacção foi ficar zangado. Senti que ele me tinha roubado a idéia. - Dave Gahan
Fontes: Revistas Blitz, Uncut e Internet

segunda-feira, junho 22, 2009

We Are The Champions

Botswana, África do Sul - 1984
Em meados dos anos 80, a África do Sul do apartheid era um pária internacional sujeito a boicote cultural por parte das Nações Unidas. Por isso, é fácil de perceber o enorme choque que foi a ida dos Queen a Sun City, uma espécie de Las Vegas Afrikaner, rodeada de guetos negros, onde deram sete concertos a trocos de uns quantos milhões. "Pensámos muito na questão moral daquilo tudo", explicou Brian May. Acabaram por doar dinheiro a uma escola local para crianças negras cegas e surdas, mas ainda assim entraram para a lista negra das Nações Unidas.

sábado, maio 30, 2009

A Sargenta de Ferro

Acredite-se ou não, Grace Jones já foi noiva de um visconde 20 anos mais novo. Antes disso, a escultural modelo e cantora jamaicana, que já vai nuns bem vividos 60 anos e cuja imagem é um dos símbolos mais duradouros e emblemáticos dos anos 80, já tinha namorado com alguns imponentes e volumosos vikings como Dolph Lundgren e Sven-Ole Thorsten e até, vejam bem, incluíu no seu currículo um casamento com um guarda-costas chamado Átila. Juro que não estou a inventar. Em 2006, a muito respeitável e sóbria BBC, atribuíu a Jones o lugar cimeiro num top de Momentos mais Chocantes em Programas de Televisão, por esta ter dado uma valente chapada a um apresentador quando ele lhe virou as costas para falar com outro convidado. Juro que não estou a inventar. Deve ter aprendido com o maridinho Átila...

segunda-feira, maio 25, 2009

Tom Jones e as Cuecas

Um dos mais duradouros e emblemáticos rituais da música popular, começou precisamente no dia 24 de Maio de 1969 num espectáculo de Tom Jones, no muito prestigiado e selecto Club Copacabana em Nova Iorque. Relembra Jones: "Estava um calor insuportável, eu suava que nem um condenado e o público das mesas ia-me passando guardanapos. De repente, vem de lá uma mulher, levanta a saia e atira-me com as cuecas". Mais tarde, a imprensa comentou que "gerou-se o caos e a histeria ali mesmo. Os próprios empregados de mesa tiveram que formar um cordão humano para proteger Tom Jones, para que ele pudesse sair do palco!"

segunda-feira, maio 18, 2009

O Orgasmo Maçador

Para quem começou como bailarina da Patrick Hernadez - sim sim, esse da cantiga Born To Be Alive (isto quer dizer o quê?) - Madonna percorreu um longo e suado caminho até se sentar no trono da pop que já há largos anos ocupa. Percebendo desde muito cedo que a polémica é um excelente motor de arranque para qualquer carreira, Madonna usou a sua educação católica para mexer com as questões do sexo e da religião: fez vídeos carregados de erotismo, publicou o livro de fotos Sex, coreografou masturbação em palco, pregou um cristo negro na cruz causando a ira do Vaticano e, ainda, beijou Christina Aguilera e Britney Spears na boca, em pleno palco também em frente a uns quantos milhões de espectadores.
Há quase 20 anos atrás (que horror, já passaram 20 anos, parece que foi ontem) durante a digressão Blonde Ambition pelo mundo inteiro, e que foi considerada como a turné que mudou para sempre o mundo dos shows, Madonna deixou de ser uma mera estrela pop para se transformar num ícone. Com cenários luxuosos - inspirados nos filmes Cabaret, Metropolis e Laranja Mecânica - foi, no entanto, o corpete dourado de Jean-Paul Gauthier com o sutiã pontiagudo que gerou parangonas - juntamente com a interpretação de Like A Virgin, em que Madonna simulava masturbar-se numa cama de veludo vermelho.

A controvérsia surgiu logo de seguida. A polícia no concerto de Toronto avisou-a para não simular o orgasmo. Ela simulou na mesma, mas não foi apresentada queixa. Antes da sua chegada a Roma, o Vaticano emitiu um comunicado em que se afirmava que a digressão Blonde Ambition "era um dos mais satânicos espectáculos da história da humanidade". Boa parte dos bastidores e algumas apresentações podem ser vistas no documentário Na Cama Com Madonna, feito durante a digressão. Nele, Madonna é mostrada de várias maneiras, desde o relacionamento com a equipe até uma reprodução de sexo oral feito numa garrafa. A revista Rolling Stone resumiu a turné como "elaboradamente coreografada, extravagantemente sexual e provocativa", e proclamou-a como "Melhor digressão do ano 1990". Na minha modesta opinião e, apesar de não comprar discos nem assistir aos concertos da Madonna, devo reconhecer que ela é uma das pessoas que melhor soube ou tem sabido gerir a sua carreira. Muito inteligente e excelente mulher de negócios. A Minogue, a Spears e a Aguilera têm estado atentas a todas estas movimentações mas, até agora, não me parece que tenham aprendido grande coisa. Olha que maçada.

quarta-feira, maio 13, 2009

Expulsos das Filipinas

Manila, 1966 - Devia ter sido uma pausa agradável nas Filipinas, apenas com um par de concertos pelo meio. Em vez disso, a viagem transformu-se num incidente internacional quando os "Fab Four" não apareceram num almoço organizado por Imelda Marcos, a mulher do ditador Ferdinand que tinha uma ligeira obsessão por sapatos. A banda defendeu-se, dizendo que só tinha sido informada do almoço quando viram na televisão as acusações de desrespeito à amada mãe da nação. Os Beatles tiveram que fugir de uma enfurecida multidão que esmurrou e pontapeou a sua comitiva até à porta do avião. A cara do manager, Brian Epstein, inchou como um melão. Durante o voo, os Beatles decidiram que nunca mais fariam digressões.

sábado, abril 25, 2009

Alice e os Candeeiros

Alice Cooper - 1969
Nós tocámos com os Led Zeppelin num dos seus primeiros concertos nos EUA, no Whisky A Go-Go, na Sunset Strip, em Hollywood. Era a primeira vez que tocavam em LA, deram três concertos lá, antes de continuarem a sua 1ª digressão em 1969. Nós ficávamos sempre tão cansados depois dos concertos que nem tínhamos energia para destruir quartos de hotel e essas coisas. Bem, pensando melhor, sou bem capaz de ter escavacado um ou dois candeeiros contra a parede, mas à medida que o tempo foi passando, os Led Zeppelin tornaram-se peritos nisso. - Alice Cooper

quarta-feira, abril 22, 2009

Elvis, The Pelvis

A Revolução Nas AncasElvis Presley surgiu num momento especial da América, quando os adolescentes se assumiram como um novo mercado capaz de suportar uma revolução - a do rock and roll. Antes de ser engolido pelo sistema, enviado para a Alemanha como símbolo de boas intenções do Tio Sam, usado por Hollywood em filmezinhos de sómenos e, por fim, enfiado em Las Vegas protagonizando os seus freak-show muito particulares, Elvis Presley agitou toda uma sociedade confortavelmente instalada no american way of life, com um provocador abanar de ancas e uma voz que, através da rádio, levantava muitas dúvidas sobre a sua origem racial, quando a segregação era ainda uma dura e negra realidade. Frank Sinatra, que mais tarde haveria de se tornar seu amiguinho, foi um dos que mais o atacou. Dizia ele: "A sua música provoca reacções bastante negativas e destrutivas entre os jovens".

Las Vegas - 1976
A Fase Terminal
Depois de ter andado durante 12 anos a fazer filmezinhos palermas em Hollywood - nada mais, nada menos que 31 filmes - em Julho de 1969, Elvis regressou àquilo que sabia fazer melhor: concertos ao vivo. O local seria o maior e mais espalhafatoso parque de diversões para adultos no Planeta Terra: Las Vegas! Exibindo uma excelente forma, tanto física como vocal, a sua primeira temporada no International Hotel - mais tarde rebaptizado Hilton Hotel - foi um sucesso arrebatador, tanto em termos de crítica como de bilheteira. Mas esses tempos duraram pouco. De 1970 em diante, Elvis ficou preso a um contrato que o obrigava a, duas vezes por ano, fazer temporadas de um mês que implicavam dois espectáculos por dia, sete dias por semana. Refugiado na sua suite do 30º andar, embrutecido pela rotina, fazendo apenas vida nocturna e isolado da realidade pela máfia de Memphis (os seus guarda-costas), ele voltou a agir como se de uma criança mimada se tratasse. O que quer que Elvis pedisse, Elvis tinha: armas, drogas, mulheres - cada vez mais novas, ao ponto da sua ex-mulher Priscilla dizer que ele "não conseguia ter sexo com mulheres que já tivessem sido mães". Ingeria quantidades absurdas de junk-food com uns barbitúricos a temperar. A sua refeição favorita era uma sanduíche capaz de produzir um enfarte só de olhar, recheada com doce de morango, manteiga de amendoim e bacon. Ficou dependente de drogas para fazer tudo. Só em 1977 - ano da sua morte, em Agosto - foram-lhe receitados cerca de 10.000 comprimidos entre sedativos, anfetaminas e analgésicos pelo seu médico pessoal, o "Dr. Nick".
A acumular peso e com o cérebro toldado químicamente, o comportamento de Elvis Presley tornou-se cada vez mais errático e imprevisível. Certa vez, no Hilton, disparou cinco ou seis balas para o tecto só para mandar calar as pessoas que estavam consigo na suite. Também rebentou com a televisão aos tiros, porque estava ao telefone e queria desligá-la. E em palco balbuciava incoerentemente e esquecia-se das letras dos temas que já tinha cantado centenas de vezes, mais parecendo um sonâmbulo obeso, suado e caótico e que já mal conseguia caber dentro dos seus famosos fatos brancos cobertos de lantejoulas. O seu último espectáculo em Las Vegas foi a 12 de Dezembro de 1976, e nos bastidores perguntou a um evangelista da TV se deveria deixar de cantar e dedicar-se unicamente a Jesus. Talvez tivesse sido melhor.
A 16 de Agosto de 1977, Elvis chega a Graceland, alguns minutos depois da meia-noite. No portão estão vários fãs, um deles é Robert Call, que lhe tira uma foto. A última foto de Elvis em vida. Às 15:30h deste mesmo dia, Elvis é declarado morto vítima de um ataque cardíaco. A autópsia revelou a ingestão de oito ou mais drogas (morfina, valium e valmid, entre outras). Tinha apenas 42 anos. Olá, ó vida malvada.

terça-feira, abril 21, 2009

Terapia de Grupo

21 de Abril de 1969. No quarto de hotel de Janis Joplin, vindos directamente do Royal Albert Hall, onde tinham acabado de dar um concerto que ficou memorável, o guitarrista da banda, Sam Andrew, começou a ficar azul. Partindo do princípio que a causa devia ser o consumo abusivo de alguma daquelas substâncias que andavam por ali por cima das mesas, Joplin e o fotógrafo Bob Seidemann, despiram-no e enfiaram-no numa banheira cheia de água. "E íamos dizendo: respira, Sam, respira" - relembra Seidemann - "e Sam insuflou as bochechas como fazem os miúdos e disse: vou suster a respiração se não se forem já embora daqui!" Mesmo a calhar, e para além de Eric Clapton e outras celebridades emergentes da época, andava por ali a deambular uma conhecida groupie de Frank Zappa chamada Suzy Creamcheese. Mostrando um total desconhecimento pelas mais elementares noções de primeiros socorros, Suzy resolveu improvisar, tirando as cuecas. Tal como Seidemann contou mais tarde, "ela não tardou a sentar-se completamente escarranchada em cima dele, administrando a terapia mais inacreditável que alguma vez vi na vida a um doente por o.d."
Mesmo assim, Sam Andrew continuava azul e inconsciente. Como tal, Seidemann e o artista plástico Stanley Mouse, fizeram o que geralmente fazem adultos responsáveis nestas ocasiões: ligaram para o room-service e mandaram vir pêssegos melba. Por fim, mais por pura sorte do que outra coisa qualquer, as cores (outras, sem ser azul) regressaram à cara do guitarrista. Chegou-se ao pé de Joplin e disse-lhe: "Sorry about that, Janis..."
Sam Andrew lá conseguiu safar-se naquela noite. Já tanta sorte assim, não teve Janis Joplin menos de dois anos depois.
Fonte: Revista Mojo Classic - The Ultimate Collectors Edition