domingo, maio 30, 2010
sábado, maio 29, 2010
Un Certain Regard
quinta-feira, maio 27, 2010
Jean
quarta-feira, maio 26, 2010
Xarez Monsaraz
É o vento que me leva.
terça-feira, maio 25, 2010
Algumas Obras a Ler
segunda-feira, maio 24, 2010
quarta-feira, maio 19, 2010
Da Inteligência das Mulheres
O seu pai, Tommaso di Benvenuto Pisano, médico e astrólogo, era também conselheiro da República de Veneza. Em 1368, Carlos V, rei de França, nomeou-o astrólogo, alquimista e físico da corte. Cristina foi educada num ambiente favorável aos seus interesses intelectuais - aprendendo várias línguas, lendo os redescobertos clássicos e os inúmeros manuscritos do arquivo real, tudo dentro do espírito humanista do início do Renascimento.
Em 1379, com 15 anos, casa-se com Etiénne du Castel, secretário e notário real. Desta união resultam três filhos: uma menina - que a partir de 1397 passa a viver no mosteiro de Poissy como companheira da filha do rei Carlos VI de França, Marie de Valois -, um rapaz, Jean e um outro rapaz que morreu na infância.
A morte do marido em 1390 deixa Cristina numa delicada situação financeira, devido às dívidas contraídas por ele. Decide, então, dedicar-se às letras, numa tentativa de se sustentar a si e aos filhos. As suas primeiras baladas, compiladas em Le livre de Cent Balladés, chamam a atenção da corte e de alguns ricos mecenas, como João de Berry e o Duque de Orléans.
No entanto, é a disputa com Jean de Meung sobre o seu poema Roman de la Rose (Romance da Rosa) que estabelece o seu estatuto como escritora. O Roman de la Rose era um dos livros mais populares em França e resto da Europa no século XIV; representava as mulheres como nada mais que sedutoras, numa mordaz sátira às convenções do amor cortês. Cristina, nos seus poemas Epistre au dieu d'Amours (Epístola ao Deus e Dit de la Rose, publicados em 1401 e 1402), pôs em causa o mérito literário do poema, criticando os termos vulgares usados para descrever as mulheres, objectando que tal linguagem não era usada por damas nobres e servia apenas para denegrir a função natural e própria da sexualidade feminina. O debate foi extenso e, devido à participação da escritora, centrado na representação e tratamento das mulheres nos textos literários, ao invés de no talento literário de Meung. Estabeleceu a reputação de Christine como intelectual capaz de apoiar a sua causa com argumentos lógicos e bem fundamentados. A sua obstinação e coragem conquistaram a admiração e apoio de alguns dos grandes pensadores da época, como Jean de Gerson e Eustache Deschamps.
De O Livro das Três Vertudes - também conhecido como O Espelho de Cristina - chegaram até nós 21 manuscritos. Em português, há pelo menos três translados e uma edição impressa - talvez mandada traduzir por D. Isabel e publicada em 1518 por ordem de D. Leonor, viúva de D. João II. Este texto formará com o anterior, O Livro da Cidade das Damas, "um conjunto em que, pela primeira vez, está patente uma tomada de posição feminina contra a tradicional imagem da mulher como ser menorizado e desprezado." O Livro das Três Vertudes é dividido em três partes, de acordo com os "estados" sociais: as princesas, as duquesas e grandes senhoras; as senhoras e donzelas que andam na corte, mais as baronesas; e depois as mulheres das vilas e lugares, do povo, dos lavradores. A todas se pede o mesmo - além de amar a Deus - o discernimento, a justiça, a sabedoria. "Na realidade, a inteligência é a nova qualidade que a autora introduz no perfil feminino. É a inteligência que deve comandar a actuação da mulher: a inteligência das intenções, inteligência das relações de forças. A busca do Bem é o fim último que deve presidir, em cada momento, às suas atitudes e, para isso (...) não deve hesitar, se necessário, em usar inteligentemente de manha e dissimulação". Nos seus restantes trabalhos nunca deixou de defender a importância das mulheres e das suas contribuições para a sociedade ou a igualdade dos sexos e a necessidade de dar uma educação igual tanto a rapazes como a raparigas. Tenta ainda mostrar às mulheres como cultivar qualidades que as ajudem a lutar contra a crescente misoginia.
A sua última obra, Ditié de Jeanne d'Arc, foi escrita no mosteiro de Poissy, para onde se retirou no fim da vida. Nela, celebra o aparecimento de uma líder militar feminina, Joana d'Arc, que recompensa todos os esforços das mulheres na defesa do seu sexo.
Desconhece-se a data exacta da sua morte. Ao contrário do que se poderia supôr, esta não ditou o seu esquecimento, mas o interesse pelos seus livros e ideias apenas aumentou.
O Livro das Três Vertudes, a Insinança das Damas - Caminho, 2002
The Idiot
- Vou aplicar-lhe o teste final para a sua admissão.
- Perfeito, diz o candidato.
Aí o psicólogo pergunta:
- Você está em uma estrada escura e vê ao longe dois faróis emparelhados vindo na sua direção. O que você acha que é?
- Um carro, diz o candidato.
- Um carro é muito vago. Que tipo de carro? Um BMW, um Audi, um Volkswagen?
- Não dá pra saber, não é?
- Hum..., diz o psicólogo, que continua: Vou fazer-lhe uma outra pergunta: Você está na mesma estrada escura e vê, só um farol vindo em sua direção, o que é?
- Uma moto, diz o candidato.
- Sim, mas que tipo de moto? Uma Yamaha, uma Honda, uma Suzuki ?
- Sei lá, numa estrada escura, não dá pra saber... (já meio nervoso).
- Hum..., diz o psicólogo. Aqui vai a última pergunta: Na mesma estrada escura você vê de novo só um farol, menor que o anterior. Você percebe que vem bem mais lento. O que é?
- Uma bicicleta.
- Sim, mas que tipo de bicicleta, uma Caloi, uma Monark?
- Não sei...
- Você foi reprovado! - diz o psicólogo.
- Mesmo eu não sendo aprovado achei interessante esse teste. Posso fazer uma pergunta ao senhor, nessa mesma linha de raciocínio?
E o psicólogo satisfeito responde, claro que pode!
- O senhor está tarde da noite numa rua mal iluminada. Aí vê uma moça com maquilhagem carregada, vestidinho vermelho bem curto, girando uma bolsinha, o que é?
- Ah! - diz o psicólogo - é uma puta.
- Sim, mas que puta? Sua irmã? Sua mulher? Ou a puta que te pariu?
segunda-feira, maio 17, 2010
Festival Silêncio!
Uma das maiores referências internacionais de spoken word, Saul Williams começou sua carreira no Nuyorican Poets Café, em Manhattan, onde era presença assídua nos concursos de poetry slam. Depois de ter vencido várias noites e de ter integrado uma equipa de slammers, Williams foi o protagonista de Slam, filme de 1998 que retrata as dificuldades de um jovem poeta afro-americano marcado pela violência e pelo tráfico de droga. É ainda nesse ano que o multifacetado artista publica o primeiro livro The Seventh Octave – uma antologia com alguns dos seus primeiros poemas – e se lança também na música. Estreia-se nos discos com Amethyst Rock Star, produzido pelo mítico Rick Rubin, e da colaboração que inicia com Trent Reznor, dos Nine Inch Nails, nasce o álbum The Inevitable Rise and Liberation of Niggy Tardust, de 2007. No ano passado, Saul Williams deu voz ao seu último livro num álbum de spoken word com a colaboração musical do The Arditti Quartet. Com os emblemáticos poemas “Not In Our Name: A Pledge To Resist” e “Said The Shotgun To The Head”, Williams afirmou-se desde logo como uma voz crítica que não esconde preocupações sociais e políticas.
quinta-feira, maio 13, 2010
O Gerânio
O GERÂNIO
Flannery O'Connor
Edição inédita a nível internacional.
The Given Day
terça-feira, maio 11, 2010
OSGEMEOS
Oh My Darling, Clementine!
In a cavern, in a canyon,
Oh my darling, oh my darling,
Light she was and like a fairy,
Oh my darling, oh my darling,
Drove she ducklings to the water
Oh my darling, oh my darling,
Esta canção conta a história de um mineiro que garimpava ouro num rio da Califórnia. A filha, Clementine, que andava por ali a ajudar, ficou presa nuns troncos de madeira e afogou-se porque o pai não sabia nadar. Há outra história que diz que esta canção era apenas cantada pelos mineiros durante a corrida ao ouro na Califórnia em 1849. Não é que isto tenha alguma coisa a ver com o restaurante da minha amiga Clementina, mas pronto, apeteceu-me contar. Acho que da próxima vez que eu lá for, ela vai pôr-me arsénico na comida... Oh, dreadful sorry, ó Clementine!
segunda-feira, maio 10, 2010
Close Your Eyes
quinta-feira, maio 06, 2010
So What
Gravação ao vivo em Abril de 1959. Miles Davis e John Coltrane tocando "So What", do album "Kind Of Blue."