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sábado, dezembro 12, 2009

The Queen

Depois do evento ontem à noite - lançamento do livro "Roberto Barbosa - Um Olhar de Fogo" - às 18h30, no IADE, Palácio Pombal, na Rua do Alecrim, 70, em Lisboa - Fotografias de Roberto Barbosa, seleccionadas por Carlos Costa e texto de Jorge Pinheiro (Expresso da Linha) depois do evento, ia eu dizendo, os suspeitos do costume foram comer e beber (que maçada) para o restaurante duns amigos em comum ali para o Bairro Alto. A casa era toda nossa, até porque o local não é muito grande e ocupamos todos muito espaço e ainda por cima somos barulhentos, falamos muito alto e rimos muito (outra chatice). Eis senão quando, entra por ali adentro um das já emblemáticas figuras da noite de Lisboa: o Quéfrô. Para quem não sabe, o "Quéfrô" foi o nome que por cá demos a pessoas de origem indiana ou paquistanesa que andam a vender flores pela cidade, ou melhor, onde as pessoas geralmente se divertem. Como têm dificuldade com a língua portuguesa, em vez de dizerem "Quer Flor?" vai mesmo de "quéfrô?" que a gente percebe. Para além das rosinhas que não cheiram a nada e murcham logo passadas umas horas, agora têm também uns artefactos brilhantes com umas luzinhas de várias cores: anéis, tiaras, chocalhos, óculos, qualquer coisa que nos deixe cegos se nos pusermos a olhar muito fixamente para aquilo durante algum tempo. Estavamos já no cafézinho, dizia eu, quando entra um QuéFrô carregado de quinquilharia. Por qualquer razão misteriosa fui eleita Rainha da Noite (nem sei porquê, eu que nunca saio de casa, que nunca vou a lado nenhum...) Enfim, depois de regatear o preço, como uma boa portuguesa, a minha amiga Paula resolveu presentar-me com uma tiara de plástico e um anel de silicone cheio de coisas brilhantes lá dentro. Vais ter que usar isso o resto da noite, ai de ti que tires isso da cabeça, disse ela. Sendo assim... fui obrigada a tirar retratos naquela figura e andar com aquilo na cabeça o resto do tempo. Juro que é verdade. Perguntem ao Jorge Pinheiro. É claro que as outras invejosas também quiseram comprar anéis e tiaras e seguiu-se mais uma sessão fotográfica com o mulherio todo resplandecente. Lindas, todas elas. Plenas, absolutas e resolvidas. Tive muita sorte em ter-me cruzado com estas pessoas ao longo da vida. E como diz o Calvin (Calvin & Hobbes) "a felicidade não existe. O que existe são momentos felizes".