Depois do evento ontem à noite - lançamento do livro "Roberto Barbosa - Um Olhar de Fogo" - às 18h30, no IADE, Palácio Pombal, na Rua do Alecrim, 70, em Lisboa - Fotografias de Roberto Barbosa, seleccionadas por Carlos Costa e texto de Jorge Pinheiro (Expresso da Linha) depois do evento, ia eu dizendo, os suspeitos do costume foram comer e beber (que maçada) para o restaurante duns amigos em comum ali para o Bairro Alto. A casa era toda nossa, até porque o local não é muito grande e ocupamos todos muito espaço e ainda por cima somos barulhentos, falamos muito alto e rimos muito (outra chatice). Eis senão quando, entra por ali adentro um das já emblemáticas figuras da noite de Lisboa: o Quéfrô. Para quem não sabe, o "Quéfrô" foi o nome que por cá demos a pessoas de origem indiana ou paquistanesa que andam a vender flores pela cidade, ou melhor, onde as pessoas geralmente se divertem. Como têm dificuldade com a língua portuguesa, em vez de dizerem "Quer Flor?" vai mesmo de "quéfrô?" que a gente percebe. Para além das rosinhas que não cheiram a nada e murcham logo passadas umas horas, agora têm também uns artefactos brilhantes com umas luzinhas de várias cores: anéis, tiaras, chocalhos, óculos, qualquer coisa que nos deixe cegos se nos pusermos a olhar muito fixamente para aquilo durante algum tempo. Estavamos já no cafézinho, dizia eu, quando entra um QuéFrô carregado de quinquilharia. Por qualquer razão misteriosa fui eleita Rainha da Noite (nem sei porquê, eu que nunca saio de casa, que nunca vou a lado nenhum...) Enfim, depois de regatear o preço, como uma boa portuguesa, a minha amiga Paula resolveu presentar-me com uma tiara de plástico e um anel de silicone cheio de coisas brilhantes lá dentro. Vais ter que usar isso o resto da noite, ai de ti que tires isso da cabeça, disse ela. Sendo assim... fui obrigada a tirar retratos naquela figura e andar com aquilo na cabeça o resto do tempo. Juro que é verdade. Perguntem ao Jorge Pinheiro. É claro que as outras invejosas também quiseram comprar anéis e tiaras e seguiu-se mais uma sessão fotográfica com o mulherio todo resplandecente. Lindas, todas elas. Plenas, absolutas e resolvidas. Tive muita sorte em ter-me cruzado com estas pessoas ao longo da vida. E como diz o Calvin (Calvin & Hobbes) "a felicidade não existe. O que existe são momentos felizes".
sábado, dezembro 12, 2009
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11 comentários:
Estas lindaaaa.....
e com certeza a tiara e o poderoso anel lhe caíram muito bem.
Adoro essas brincadeiras sabia ?
Isso é Vida é Alegria é saber curtir os bons momentos !!
Um abraço apertado
É mesmo, Deusa. É o melhor que se leva desta vida, aproveitar enquanto se pode. Como cantava uma banda portuguesa aqui há uns largos anos atrás: "Hoje Há Conquilhas, Amanhã Não Sabemos". Os "Banda do Casaco". Maravilha.
Uma vez, um tipo que conheci, perguntou-me se os meus amigos eram todos doidos. Como nunca tinha pensado nisso, fiquei sem saber o que responder. Mas disse que sim, que eram todos malucos. Só para ver o que ele fazia. Desapareceu. Ainda bem.
Pois como também devo ser doido, fiquei...e o ombro foi só para mim. Obrigado Bé. Tems muitos admiradores.
Entre todos e são muitos admiradores, eu sou mais um deles!
Bjs. Acho muito chata gente que não tem amigos loucos! srsrs
Admiradores, eu?! Credo, que exagero! Até me fazem corar. Eu, que até sou tão tímida...
Como é que uma tão SPECIAL ROSE ROUGE (vai em bilingue porque tem um "toque" próprio...) não havia de ser a RAINHA DA NOITE (como se dirá isto em tailandês?)...
FELICIDADE, por exemplo, é ler este teu relato!
(Nota: para outra vez, não faças demasiada pressão no indicador direito ao apontá-lo à maçã do rosto! Criou-te ali uma "deformação"...).
Pena ter sido em mais um dia em que não pude estar presente.
Já te referi no comentáro à Bé, no Expresso...
Tu, tímida?
Por acaso até se nota e bastante!
Um beijo digno de uma QUEEN !
Ó João, reparei lá que estava a fazer pressão na bochecha...
Tanto era o brilho que irradiavas...
Quando o mulherio se pôe a comprar jóias, ninguém as agarra...
Jóias caríssimas, caro Al Kantara, um esbanjamento sem igual...
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