Unique Ambigram "Come-In/Go Away" Coco Doormat
Este americanos pensam em tudo. Digo eu. Lembraram-se de inventar este capacho assaz interessante para que quem vá lá a casa fique a saber se é bem-vindo ou não. Assim uma espécie de "Se vens por bem, à minha casa vem" ou coisa assim parecida. Depende de quem lá vai. Os fiscais das finanças, por exemplo, levavam logo com este daqui de baixo. O senhorio, coitado, a reclamar do atraso no pagamento da renda de casa, também (para quem tem casa alugada, claro...). Já para não falar das Testemunhas de Jeová e outros vendedores de enciclopédias, naperons e outros utensílios que não fazem falta nenhuma. Deviam de inventar um a dizer "Desempregado", nada afugenta melhor os chatos do que dizer que não se tem trabalho. A sério. De vez em quando ligam cá para casa umas pessoas dumas empresas de cariz duvidoso a quererem vender qualquer coisa. Ou a dizer que ganhei um prémio de 500 Euros, mas que tenho que o ir levantar à morada tal, no dia tal e falar com fulano ou beltrano. E fingem-se muito admiradas, quase escandalizadas, por eu não querer ir levantar prémio nenhum. A princípio, eu ainda era simpática e tentava explicar-lhes que não queria nada, muito obrigada. Insistiam e quase me obrigavam a mandá-los à merda. Até que um dia, apanharam-me virada do avesso e como estava sem paciência para aturar, mais uma vez, este tipo de conversa, saíu-me - assim de repente - que estava desempregada. Ah, minha senhora desculpe incomodar, sim? Boa tarde. Desligaram logo. Olha, foi trigo limpo. Agora, sempre que alguém liga ou me aborda na rua ou no centro comercial para aderir ao novo cartão de crédito do banco tal, digo logo que estou desempregada. Até fogem. É como se tivesse lepra ou, pior ainda, infectada com a Gripe A. Com os amigos é a mesma coisa. Quando estás na mó de baixo a passar por uma situação temporariamente difícil, algumas pessoas, que julgavas "amigas", desaparecem do radar e nem sequer se preocupam em saber se estás a passar bem ou a precisar de alguma coisa. Nunca ligam e nem sequer atendem o telefone. Quando as coisas melhoram, lá vêm eles outra vez cheios de sorrisos e palmadinhas nas costas, como se nada fosse e a dar desculpas parvas. Para esses, viro-lhes o capacho do "Go Away". Ou melhor, nem sequer os deixo aproximar cá de casa. Nem da minha vida. Mas para quem sempre esteve do meu lado, mesmo em tempos apertados - e não estou a falar de dinheiro, mas sim de apoio moral e psicológico - viro a parte que diz "Come In" e fiquem à vontade. Como diz um velho ditado: "Os amigos conhecem-se no hospital e na prisão". Não foi este o caso, não estive doente nem presa, mas acho que perceberam o que eu quis dizer. Este fabuloso tapete é comercializado pela Unique Ambigram, encontra-se à venda na Amazon.com e custa 79,99 dólares. É claro que não vou comprar porque não sou assim tão subtil. Prefiro esticar o dedo do meio. É mais rápido, mais eloquente e muuuuito mais barato.
9 comentários:
E além disso 79,99 dólares é um dinheirão para uma coisa para os pés que nem sequer são sapatos...
gostei da idéia
para estampar em uma camiseta pra ser usada de ambos os lados...
hoje usaria Go Away.
em casa tenho 4 cachorros que detestam pessoas à porta.
beijo
Bonito texto, de um post inteligente!
Desemprego e falta de graveto ? E essa merda não será contagiosa ?...
Al, por ser contagioso é que eles fogem apavorados! E além disso, quem está desempregado não serve para nada, não compra nada e não lhes dá a comissão a ganhar. Por isso, não interessa, não vale a pena perder tempo ali com aquele pobretanas...
Por isso, aconselho toda a gente a dizer "ah, não obrigado, estou desempregado" para fugir a esses chatos. É remédio santo! Até já os meus pais dizem o mesmo quando lhes ligam lá pra casa, rsrsrsr!
Olha, da minha parte depende. Uns dias mando-os bugiar imediatamente, noutros vou dizendo que me parece que estão a querer enganar-me. Há ainda uma terceira variante que é desligar o telefone. Simplesmente. Depois fico a pensar que há trabalhos mesmo f******. Quanto às amizades vem-me sempre à memória um azulejinho que havia na parede da cozinha em casa do meu avô materno. Tinha aquela frase clássica "Livros e amigos, poucos e escolhidos". Às vezes faz todo o sentido.
Olha, um belogue em banho-maria.
Texto M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!
Em banho-maria, Caçador? Banho-manel, não serve? Vamos já tratar disso...
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