Deitar Cedo e Cedo Erguer...

Pois é. Imagino que já andem a achar estranho estas minhas ausências. Estive agora a reparar que já não faço posts desde 4º feira. Pois é. E como a minha vida profissional tem sido um circo (em que a palhaça sou eu, claro) achei por bem dar-vos uma pequena novidade: acontece que houve por aqui uma alteração significativa na minha humilde existência, ou seja: emprego novo! Imaginem, que coisa extraordinária! Parece que, finalmente, vou outra vez trabalhar à séria! Depois de uma longa travessia pelo deserto, a disparar currículos para todo o lado e só a ouvir coisas tipo: "ah pois, agora não precisamos de ninguém, a gente depois liga..." e "ah temos pena, não precisamos de uma pessoa tão qualificada" e "ah pois é, não temos dinheiro para lhe pagar..." quéquéisto? Tenho que comer, não?! Eu antes de ficar sem trabalho, já comia, não?! Presa por ter cão e presa por não ter? Ou será por causa dos meus... hããã... 35 anos?!... Já feitos, claro! Vá, 39, pronto... bem, esqueçam lá isso agora, também não interessa para nada! O que mete raiva é que neste país parece que as pessoas depois dos 40 são inválidas. Já está velho para trabalhar, mas muito novo para a reforma. Em que é que ficamos? Temos que roubar para sobreviver? Assaltar bancos? É isso que se pretende? Ficar em casa a coçar a posoríase à espera que o estado nos sustente? E durante quanto tempo? Até que aqui há uns tempos atrás, resolvi perder a vergonha e começar a ligar para toda a gente, amigos e conhecidos e dizer-lhes: "hello, preciso de trabalhar, queres que te mande o meu CV? Manda!" E deu certo. Uma amiga com quem trabalhei na Presidência de Portugal da União Europeia em 2007, ligou-me há umas semanas atrás, porque um amigo precisava duma assistente com determinadas características, entre elas "que tenha pêlo na venta, que eu cá não gosto de enconadas!" - disse ele. E ela respondeu: "não procures mais, António, tenho a pessoa certa para ti!" E quem é essa pessoínha, quem é, quem é? Ora... aqui a je, claro! Telefonema pra cá, telefonema pra lá, a entrevistazinha do costume, acertámos agulhas e... começo amanhã! Por isso, não se admirem se já não houver postagens novas todos os dias, não sei que tempo me vai sobrar nem que disposição vou ter à noite quando chegar. E devo confessar que ter aberto este blog foi das melhores coisas que fiz, ajudou-me a suportar a angústia dum futuro incerto. Manteve-me ocupada, melhorei competências e fartei-me de aprender coisas novas, umas ensinadas por vocês, outras aprendi sózinha. E a vossa presença virtual aqui todos os dias foi sempre um incentivo para fazer melhor. Tenho-me rido muito e, para mim, rir é muito importante! Muito obrigada ao Jorge, Eduardo, Peri, Ví e Silvares que me espicaçaram e chatearam a cabeça para abrir um blog e obrigada também aos que foram chegando pouco a pouco e muito me divertiram e enriqueceram este espaço com os seus comentários vivos e inteligentes. Beijos e abraços e vamo-nos vendo por aqui. E por aí, também.