domingo, janeiro 31, 2010

OK Computer

E então a coisa passou-se do seguinte modo: parece que o meu velho PC, que tem apenas cinco anos, não passa disso mesmo: um velho PC. Inacreditável como estes gadgets e appliances e quejandos ficam obsoletos num tão curto espaço de tempo. Mas enfim, a máquina lá ia andando, com alguns ataques virulentos pelo meio. Até que começou a dar problemas, daqueles para os quais já não há paciência, muito menos tempo, desde demorar 35 minutos a abrir, mais 10 minutos para entrar no mail, bloquear constantemente por tudo e por nada e não conseguir fazer posts porque lhe dava um fanico sem mais nem menos a meio do processo, eu tinha uma fúria, dava-lhe uns pontapés, acabava por desligá-lo à má fila e perdia tudo o que tinha estado a fazer até então. Tudo isto aliado à minha falta de tempo e ao “drama da folha em branco” para fazer posts… e depois lá dentro no escritório está frio e estou toda torta na cadeira, já basta estar assim o dia todo lá no trabalho, que chatice. E a minha filha também se tinha mudado para lá com o seu portátil e aquele coisa de estarmos ali as duas sentadas à secretária ao lado uma da outra, ela nos seus programas sociais com os amigos e a rir-se muito e eu a tentar blogar qualquer coisa, ah poupem-me!
Tive que chamar um amigo cá a casa para resolver o assunto. Não só livrou o meu velhinho PC de tudo o que era vírus, como fez lá mais umas limpezas que eu nem percebi muito bem o que foi. Ele perguntava: posso fazer isto e mais aquilo? Sei lá, isso é bom? É pois, ficas com a máquina muito mais operacional. Então faz, o profissional és tu, tanto se me dá. E mais: pegou no meu portátil (sim, também tenho um e estava abandonado), instalou-lhe um anti-vírus, configurou a rede wireless (sim, estava ali um router abandonado também) e fez mais umas pequenas hum… manigâncias pronto, acerca das quais não posso falar porque não percebo nada do assunto.
O que eu sei é que agora tenho net pela casa toda, estou aqui sentada no conforto do meu querido sofá toda contentinha com o portátil no colo, a miúda está no quarto dela feliz da vida a “conversar” com os amigos e o meu velhinho PC que se aguente mais uns tempos porque ainda pode vir a fazer falta se este tiver algum ataque de qualquer coisa. A minha filha acabou de entrar aqui na sala e disse: ai mãe, tão bom ter net no meu quarto... Pois. Ah, a dependência que estas modernices nos causam…