domingo, maio 31, 2009

I Am The Sea

You must not lose faith in humanity. Humanity is an ocean; if a few drops of the ocean are dirty, the ocean does not become dirty. - Gandhi

sábado, maio 30, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 94ª parte

No matter what happens, Ned, I really do love you!
- disse a menina da franja noutro filme, não este...
Quem é, quem é?

A Sargenta de Ferro

Acredite-se ou não, Grace Jones já foi noiva de um visconde 20 anos mais novo. Antes disso, a escultural modelo e cantora jamaicana, que já vai nuns bem vividos 60 anos e cuja imagem é um dos símbolos mais duradouros e emblemáticos dos anos 80, já tinha namorado com alguns imponentes e volumosos vikings como Dolph Lundgren e Sven-Ole Thorsten e até, vejam bem, incluíu no seu currículo um casamento com um guarda-costas chamado Átila. Juro que não estou a inventar. Em 2006, a muito respeitável e sóbria BBC, atribuíu a Jones o lugar cimeiro num top de Momentos mais Chocantes em Programas de Televisão, por esta ter dado uma valente chapada a um apresentador quando ele lhe virou as costas para falar com outro convidado. Juro que não estou a inventar. Deve ter aprendido com o maridinho Átila...

sexta-feira, maio 29, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 93ª parte

Os Reais Testículos de Sua Majestade, já estão lavados, Sua Majestade.
Quem é, quem é?

quinta-feira, maio 28, 2009

... And You Are Not!

Não, esta não é para adivinhar quem é. Esta pequena lá de cima chama-se Julia Valet e é uma modelo alemã relativamente conhecida. Há coisa duns quinze anos atrás apresentava um programa na MTV, cujo nome já não me lembro e que passava tarde na noite, tipo depois da meia-noite ou coisa assim e era dedicado às bandas do mais headbangers que havia: Heavy-Metal, Trash-Metal, Speed-Metal, Hard Rock, Rock Industrial e outras pérolas do género. Muito ruído, muita distorção. Foi aqui que eu conheci os Rammstein, por exemplo. Naquela época, já a Julia era boazona. Apresentava-se com um look e penteado muito Marilyn Monroe, grandes decotes, cintura fininha e saias muito justas com grandes rachas de lado. O programa começava sempre com a moça em grandes poses glamurosas, muito bad girl dos anos 50 ou aparecia deitada, lânguida e preguiçosamente numa cama ou num sofá. Bamboleava-se em direcção à câmara, esticava o peito, rebolava-se e sussurrava com a boca escarlate: "Hellooooo. I am Julia Valet. And you are not". O nosso amigo Tó Bicho, ajoelhava-se em frente à televisão, com os braços abertos e as palmas das mãos viradas para o céu, como que a agradecer a Deus por aquele momento. E dizia:
- Olhameaquelasmamas. Olhameaquelaboca. Olhameaquelecu. Olhameaquela...
- Sim, meu amigo, tens toda a razão, a mulher é boa comómilho, sim...
- Boa?!?! Booooaaaaa?! Foda-se, boa sou eu! - respondia ele.
E nós ríamos e a polposuda da Valet continuava a apresentar o programa e sempre a abanar as ancas e a fazer boquinhas. O Tó ficava doido.
Há dois dias atrás, a minha amiga Rosário veio jantar cá a casa. E como costuma acontecer entre amigos de longa data, há sempre muito assunto de conversa, sempre muitas memórias, muitas histórias em comum. Umas boas, outras menos boas, mas a vida é mesmo assim. E lembrámo-nos que foi precisamente em Maio de 1999 que um estúpido e fulminante AVC nos levou o nosso amigo António Bicho. E do choque e estupefacção que foi termos ficado sem ele com apenas 44 anos e assim de repente, dum momento para o outro. Apesar de dez em cada cinco palavras que ele dizia serem "caralho/foda-se", era uma das pessoas mais inteligentes e cultas que conheci na vida. Ele falava e eu escutava. Qualquer dúvida que alguém tivesse, lá estava ele para esclarecer. Bem, não percebia nada de física quântica, mas também quem é que quer saber disso para alguma coisa? O seu finíssimo e corrosivo sentido de humor era lendário e foi uma das pessoas que me deu a mão quando eu mais precisei. Fui logo abrir uma garrafinha de Reguengos Reserva 2005, antes que azede, vamos mas é celebrar a vida. À nossa, aos que nos amam, os outros que se lixem. Helloooooo, I am Rose Rouge. And you are not.

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 92ª parte

Porca miseria, Mama! Please stopa telling me I make a lousy lasagna, eh?
After olla, who paya for dose clothes on your back, eh?!?!
Quem é, quem é?

quarta-feira, maio 27, 2009

Andy Warhol On The Early Madonna

I asked madonna if she would be interested in doing a movie and she was smart, she said she wanted more specifics, that she just didn't want to talk and have her ideas taken. She's very sharp. - The Andy Warhol Diaries - Nov 17, 1984.

terça-feira, maio 26, 2009

Factory Made

- I think everybody should like everybody.
- Is that what Pop Art is all about?
- Yes, it's liking things.
Estou confusa. E não gosto nada de me sentir confusa nem de ter dúvidas. Senão reparem: no suplemento Ípsilon que saiu com o jornal Público na passada sexta-feira, vem um artigo bastante interessante sobre Andy Warhol, sobre o significado da sua obra artística no geral e sobre uma série de exposições quase em simultâneo n'algumas cidades da Europa e opiniões de diversas pessoas que com ele privaram ou não. Estava eu toda contentinha dentro do carro à espera da minha filha e a ler o artigo quando, a dada altura, uma história me fez parar e voltar atrás para ver se estava a ler bem. Na página oito, no canto inferior direito diz assim: "Recentemente, o coreógrafo francês Jerôme Bel, na revista Les Inrockuptibles, contava uma história exemplificativa. Um dia Andy terá convidado para jantar em sua casa John Lennon e Yoko Ono, o coreógrafo Merce Cunningham, o músico John Cage e Madonna. Para entrarem no apartamento, tinham de descalçar os sapatos. O único protesto veio de Madonna que terá dito que lhe era mais desconfortável mostrar os pés que os seios". Aqui parou tudo. Quem? Madonna? Há aqui qualquer coisa que não bate certo. Pensem comigo: como todos nós sabemos, John Lennon foi assassinado em Dezembro de 1980. Para esta cena do jantar ter acontecido, só pode ter sido antes, certo? E tanto quanto sei, em 1980, ainda andava a dita Madonna aos caixotes do lixo em Nova Iorque e a tirar retratos toda nua cheia de pêlos nas pernas, nas axilas e partes pudibundas (eu vi as fotos, que coisa feia). O seu primeiro hit-single, Holiday, foi lançado em 1983. Ou seja, acho muito pouco provável que ela estivesse nesse jantar, não acredito que Warhol soubesse sequer quem era aquela pequena do Midwest. Das duas uma: ou o artigo foi mal traduzido (o que não me admira nada) ou o tal Jerôme Bel fartou-se de inventar para fazer bonito na entrevista à tão famosa e excelente revista francesa. Ou fui eu que percebi tudo mal? Se algum de vocês se quiser dar ao trabalho de me tirar as dúvidas, façam favor, a casa é vossa. Ah, mas tirem os sapatos à entrada, por favor.

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 91ª parte

O mundo fascina-me.
Quem é, quem é?

segunda-feira, maio 25, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 90ª parte

Não existem motivos ou desculpas para estares entediado com alguma coisa. Podes estar triste, zangado, deprimido ou doido. Tudo bem. Mas razões para o tédio, nunca.
Quem é, quem é?

Tom Jones e as Cuecas

Um dos mais duradouros e emblemáticos rituais da música popular, começou precisamente no dia 24 de Maio de 1969 num espectáculo de Tom Jones, no muito prestigiado e selecto Club Copacabana em Nova Iorque. Relembra Jones: "Estava um calor insuportável, eu suava que nem um condenado e o público das mesas ia-me passando guardanapos. De repente, vem de lá uma mulher, levanta a saia e atira-me com as cuecas". Mais tarde, a imprensa comentou que "gerou-se o caos e a histeria ali mesmo. Os próprios empregados de mesa tiveram que formar um cordão humano para proteger Tom Jones, para que ele pudesse sair do palco!"

domingo, maio 24, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 89ª parte

Strollin' on,
'Cos it's all gone,
The reason why.
You made me cry,
By tellin' me,
You didn't see.
The future bore,
Our love no more.
If you want to know,
I love you so,
And I don't want to let you go. (...)
The Yardbirds - Stroll On
Espertalhuços de Serviço, a vossa atenção aqui para o lindo anjinho da direita. E esta canção aqui, tem e não tem a ver com ela. Isto hoje vai doer. Ui... Quem é, quem é?

The Bee Story

Weed

Maconha - À beira da falência, os agricultores da Califórnia, nos EUA, estudam legalizar sua comercialização para estimular a economia e aumentar a renda do Estado. Ao norte de São Francisco, os campos de cannabis se estendem ao pé das montanhas Rochosas, nos condados de Mendocino, Humboldt e Trinity, onde seu cultivo é mantido em segredo, apesar de ser legal. As autoridades estimam que a erva represente metade da economia do condado, que ainda não começou a se recuperar da queda da indústria madeireira. Legalizado o uso medicinal da maconha em 2006, hoje os agricultores especializados em maconha faturam lá tanto quanto vendedores de equipamento agrícola e adubo. Por isso a classe política da Califórnia, inclusive governador Arnold Schwarzenegger, acha que chegou a hora da legalização total. Diante do quadro, um deputado, Tom Ammiano, apresentou um projeto de lei que daria à erva o mesmo status do álcool, permitindo sua venda apenas a maiores de 21 anos. A Califórnia se tornaria assim o primeiro Estado americano a seguir este caminho. O deputado argumenta que 56% dos californianos são a favor da iniciativa, e que seu projeto renderia aos cofres públicos 1,3 bilhão de dólares por ano. "É uma simples questão de senso comum", estimou o parlamentar, acrescentando que a venda da maconha medicinal paga US$ 18 milhões anuais ao fisco. Os defensores da legalização avaliam em US$ 14 bilhões a produção anual de cannabis no Estado. A título de comparação, a produção de leite representa apenas a metade disso, e a produção de uvas, um quarto, informa a agência noticiosa France Presse. A Califórnia tem 200 mil usuários em posse do cartão de autorização que permite o cultivo e o uso da maconha para fins medicinais, mas muitos suspeitam que os médicos assinem receitas com mais generosidade do que deveriam. E, embora a legislação federal não permita o uso ilegal de cannabis, o governo de Barack Obama já disse que não pretende criar problemas para as "clínicas" californianas.
Este post foi indecentemente roubado do drops azul aniss, com a devida autorização do dono, Eduardo. Saúde e alegria... saravá, mérmão!

sexta-feira, maio 22, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 88ª parte

What though the radiance
Which was once so bright
Be now for ever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendour in the grass,
Of glory in the flower,
We will grieve not, rather find
Strength in what remains behind;
In the primal sympathy
Which having been must ever be;
In the soothing thoughts that spring
Out of human suffering;
In the faith that looks through death,
In years that bring the philosophic mind.
Splendor in the Grass - William Wordsworth

Bon Courage, Chouchou...

Ontem li uma notícia extraordinária no jornal Público. Parece que afinal, os críticos acham que há demasiado amor entre Carla Bruni e Nicolas Sarkozy, ou pelo menos demasiado amor à vista de todos. Et alors, pergunto eu? Quel est le probléme? E então a coisa passou-se do seguinte modo: estava la belle Carla no seu papel de primeira-dama a falar com leitoras de uma revista feminina numa sala do Palácio do Eliseu quando chega o seu descontraído marido. Sarkozy cumprimenta as senhoras, dá um beijo a Bruni e explica que esteve a tomar banho depois de ter estado a fazer desporto. Monsieur le Président fica por ali un petit peu na conversa avec des dames, enquanto Carla, sa belle femme, parece não conseguir tirar os olhos e as mãos de cima dele com festinhas e sorrisos cúmplices e insistentes. À la fin, retira-se e Carla solta um melado "bon courage, chouchou". Foi tudo filmado e o vídeo já está na internet, claro. E já foi visto par des millards de français, bien sûr. Moi même, também já vi. Toda a gente ansiosa por espreitar a intimidade do casalinho e por dar a sua opinião, como se isso fosse muito importante ou fosse afectar de algum modo la vie amoureuse do parzinho. Os invejosos, os mal-amados e mal-fodidos, vêm logo dizer que a cena parece ter sido forçada, como se fosse bom demais para ser verdade. Porquê? Qual é o problema? Tal como aqui há tempos li numa Vanity Fair, Carla Bruni admite estar mesmo apaixonada como uma adolescente e para um homem que é presidente dum país ter casado com uma mulher com um passado algo... hum digamos, saltitante e não se ter preocupado minimamante com isso, porra, é de homem! Se isso não é AMOR, é o quê? Eu acredito mesmo que ela lhe chame chouchou em público. Se ela não chamar, chamo eu. Eu já estive ao pé dele, já o cumprimentei (desculpem lá agora a cagança, mas teve que ser, ficou aqui bem) e o homem é um charme que não se aguenta! Oh Sarko, viens ici, mon petit chou! Viens ici, que je te raconte la histoire du portugal! O que lhe chamará ela na intimidade?! Nicky?!

Dói Tudo

Deitada na maca, o médico perguntou forçando os dedos contra meu peito:
- Onde dói?
Franzi a testa, arreganhei os dentes e... desci.
Desci vertiginosamente.
Onde dói?
Dói meu peito que permanece curvado em pranto.
Doem meus ombros que não suportam o peso da saudade.
Doem meus ouvidos secos de palavras carinhosas.
Doem meus pés que não têm para quem caminhar.
Dói meu sexo que não se abriu para o filho.
Doem meus olhos que não encontram senão a casa vazia.
Dói meu couro cabeludo que não recebe os unguentos do cafuné.
Dói tudo, doutor.
Dói simplesmente tudo, porque meu corpo não é só essa carne óbvia em cuja massa dedos afundam procurando um nódulo, uma urticária, uma veia estourada.
Dói tudo porque em tudo a alma se coloca e a alma, doutor, a alma sente sem analgésicos.
É claro que eu sei que vai passar, não sou nenhuma ignorante dos mecanismos da vida para, mesmo sob essa dor doída de alma doente, me jogar de um décimo segundo andar de um prédio. Sei que vai passar. Minha razão sabe que vai passar. Sei também que o único tratamento recomendado ao meu caso é o tempo. Sei que tudo isso, tudo isso me é claro, mas por enquanto, por favor, faça esta caridade: não pergunte onde dói.

Stella Florence - Dói Tudo in Por Que Os Homens Não Cortam As Unhas Dos Pés?
Editora Rocco - Rio de Janeiro, 2000

quinta-feira, maio 21, 2009

Ephedrales Ephedrina Ephedra

Ephedra é um género de arbustos, pertencentes às Gnetófitas, único na classe Ephedraceae e à ordem Ephedrales. O seu uso medicinal está documentado desde há cinco mil anos na China, onde esta erva é conhecida pelo nome de ma huang. Os colonizadores adeptos da religião mórmon nos EUA conheceram o seu uso ao estabelecerem contacto com os povos indígenas dos Ute (estado do Utah). Estas plantas crescem em climas áridos, numa vasta área que inclui a Europa, Norte de África, Ásia Central e Sudoeste, América do Norte e Sul. São conhecidas variadas aplicações medicinais, principalmente devido ao facto de concentrar grandes quantidades de efedrina. As suas propriedades são usadas na preparação de produtos dietéticos de redução de apetite e podem causar efeitos secundários graves. Presentemente, o uso de extratos de Ephedra está proibido nos Estados Unidos da América.

A Efedrina é uma amina simpatomática similar aos derivados sintéticos da anfetamina, muito utilizada em medicamentos para emagrecer, pois ela faz com que o metabolismo acelere, queimando mais gordura (através da termogênese - produção de calor), porém causa uma forte dependência, o que fez a droga ser proibida para este uso, mas ainda pode ser encontrada em algumas farmácias em forma de remédios destinados a problemas respiratórios. Esses remédios, variam de 15 mg a 25 mg de efedrina por comprimido. Actualmente, os remédios mais conhecidos que contém a droga são Marax (25 mg) e Franol (15 mg).
A efedrina é um composto químico cristalino, encontrada em certas plantas da família das efedráceas, dotados de folhas escamiformes, ramos delgados e articulados, e floração dióica, ou sintetizada, que possui mais de 40 espécies distribuídas em regiões de clima temperado e subtropical. É empregada como medicamento e também usado em doping.

A questão aqui não é tanto se se gosta de rock progressivo ou não. Ou de Soft Machine, King Crimson, Pink Floyd e Frank Zappa, bandas e músicos que, em 1970, foram as principais influências deste grupo. Isso agora, não é o mais importante. A questão aqui é que ontem à noite, no Auditório Municipal Eunice Muñoz em Oeiras, assistiu-se ao desempenho de seis músicos fabulosos, exímios executantes da arte de fazer música. Jorge Pinheiro no vibrafone e percussão, Xico Zé Henriques no baixo e direcção musical, José Machado no violino, João Pinheiro na bateria, António Monteiro na guitarra e Emílio Robalo nas teclas. Exceptuando o João (que é filho do Jorge e que também toca nos TV Rural) todos os membros são os fundadores da banda. Jovens garbosos mancebos de cinquenta e poucos anos (menos o João, claro), em cima do palco a mostrar como é que se faz e toca música nesta terra. A química, a energia e a cumplicidade entre eles, aliadas à experiência e técnica, fizeram desta noite um momento sublime. Pelos mais diversos motivos que não interessam agora para nada, só há coisa de seis meses gravaram o primeiro disco, com um conjunto de dez temas exclusivamente instrumentais, baseados nas músicas originais dos anos 70 e completamente reorquestradas por Xico Zé Henriques. Como já ontem tive oportunidade de lhes dizer, o concerto foi muito, muito bom. Absolutely awsome! Para mais informações é favor consultar: www.ephedraband.com

quarta-feira, maio 20, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 87ª parte

She's a model and she's looking good
I'd like to take her home that's understood
She plays hard to get, she smiles from time to time
It only takes a camera to change her mind
The Model - Kraftwerk
Quem é, quem é?

terça-feira, maio 19, 2009

15 Séries de TV

E porque o Al Kantara do Ponta e Mola está todo convencido que eu tenho pachorra para o aturar e, na sequência do desafio que me obrigou a fazer (senão não me deixa entrar amanhã no concerto dos Ephedra), aqui vão as minhas séries de TV favoritas, algumas do passado, outras do presente. E porque tenho que passar isto a outras três pessoas sugiro: o Spark, do Spark Uber Alles, o Eduardo do Varal de Idéias e a Alice do Ilumine Meu Espaço. Não quero ouvir desculpas, tá?
Então temos: (a ordem é aleatória)
Bonanza - o Adam era o meu preferido. As minhas amiguinhas era mais Little Joe
Get Smart - o mundo da espionagem posto a ridículo, rsrsrsrs
Casei com uma Feiticeira - de chorar a rir, do princípio ao fim, palminhas
O Fugitivo - suspense... borboletas no estômago. É hoje que ele apanha o maneta?
Viver no Campo - ainda vos hei-de contar o episódio da "sopa de água quente"
Família Partridge - a série era fraquinha, mas tinha lá o David Cassidy...
Os Vingadores - quando crescer quero ser como a Diana Rigg
O Santo - até a minha mãe gostava do Roger Moore. Um gentleman
Star Trek - Fabulosa série. Mr. Spock e as suas famosas orelhas. E o cabelinho?
Espaço 1999 - Martin Landau no seu melhor. Era um vício, parava tudo lá em casa
Hanna-Barbera e Tex Avery - desenhos animados. Ah não, esta também conta!
Mais recentemente...
Sete Palmos - um must, que pena ter acabado
Dexter - oh paixão, chuác, chuác, chuác
C.S.I. - Todos, das primeiras temporadas. Agora, já não se aguenta
The Closer - adoro a Kyra Sedgwick. Aquele ar de quem não vê nada, mas vê tudo
Ele há mais. Só me deixam pôr 15...
Ó pá, estava a esquecer-me da mais importante: O Homem Invisível! Buhhhhhhh!!!

Dom Casmurro

segunda-feira, maio 18, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 86ª parte

Os tempos de guerra não são períodos normais. Às vezes, a guerra pode ser um mal necessário. Mas, apesar da sua urgência, será sempre um mal e nunca um bem. Não é pela matança dos nossos filhos que nós aprenderemos a viver juntos em paz. Quem é, quem é?

EPHEDRA

Lá vai a gente todos bater palminhas aos amiguinhos músicos outra vez. Vá lá, desta vez a entrada é de borla... coisa estranha. Que terá acontecido?! Aqui tem coisa... Que mãos largas...

Jaquinzinhos

Crise em 2010:
Uma mulher entra na peixaria: Bom dia, sr. Manel ! Tem jaquinzinhos?
Manel: Tenho sim, minha senhora!
Mulher: Dê-me então duas postinhas do meio, por favor...

Para quem não sabe - os amigos brasileiros, por exemplo - jaquinzinhos são carapaus pequeninos, pequeninos, pequeninos. Alguns são tão pequeninos que têm que se juntar num espeto de madeira, fritá-los todos juntinhos e comê-los assim mesmo, tipo brocheta de camarão como há no Calçadão do Rio a vender. Fritinhos com arroz de tomate, de feijão ou de grelos, são de comer e chorar por mais. Com uma saladinha de tomate e alface a enfeitar o prato. Com um branquinho fresquinho, fresquinho, fresquinho a empurrar aquilo tudo pra baixo. Com tinto também marcham, claro! Eu como-os todos inteiros, cabeça, rabo e tudo. Fica tudo muito estaladiço e crocante. Uma delícia, mesmo. É claro que são uma espécie protegida e é proibido pescar e tal, blá, blá, blá... Olha que maçada.

O Orgasmo Maçador

Para quem começou como bailarina da Patrick Hernadez - sim sim, esse da cantiga Born To Be Alive (isto quer dizer o quê?) - Madonna percorreu um longo e suado caminho até se sentar no trono da pop que já há largos anos ocupa. Percebendo desde muito cedo que a polémica é um excelente motor de arranque para qualquer carreira, Madonna usou a sua educação católica para mexer com as questões do sexo e da religião: fez vídeos carregados de erotismo, publicou o livro de fotos Sex, coreografou masturbação em palco, pregou um cristo negro na cruz causando a ira do Vaticano e, ainda, beijou Christina Aguilera e Britney Spears na boca, em pleno palco também em frente a uns quantos milhões de espectadores.
Há quase 20 anos atrás (que horror, já passaram 20 anos, parece que foi ontem) durante a digressão Blonde Ambition pelo mundo inteiro, e que foi considerada como a turné que mudou para sempre o mundo dos shows, Madonna deixou de ser uma mera estrela pop para se transformar num ícone. Com cenários luxuosos - inspirados nos filmes Cabaret, Metropolis e Laranja Mecânica - foi, no entanto, o corpete dourado de Jean-Paul Gauthier com o sutiã pontiagudo que gerou parangonas - juntamente com a interpretação de Like A Virgin, em que Madonna simulava masturbar-se numa cama de veludo vermelho.

A controvérsia surgiu logo de seguida. A polícia no concerto de Toronto avisou-a para não simular o orgasmo. Ela simulou na mesma, mas não foi apresentada queixa. Antes da sua chegada a Roma, o Vaticano emitiu um comunicado em que se afirmava que a digressão Blonde Ambition "era um dos mais satânicos espectáculos da história da humanidade". Boa parte dos bastidores e algumas apresentações podem ser vistas no documentário Na Cama Com Madonna, feito durante a digressão. Nele, Madonna é mostrada de várias maneiras, desde o relacionamento com a equipe até uma reprodução de sexo oral feito numa garrafa. A revista Rolling Stone resumiu a turné como "elaboradamente coreografada, extravagantemente sexual e provocativa", e proclamou-a como "Melhor digressão do ano 1990". Na minha modesta opinião e, apesar de não comprar discos nem assistir aos concertos da Madonna, devo reconhecer que ela é uma das pessoas que melhor soube ou tem sabido gerir a sua carreira. Muito inteligente e excelente mulher de negócios. A Minogue, a Spears e a Aguilera têm estado atentas a todas estas movimentações mas, até agora, não me parece que tenham aprendido grande coisa. Olha que maçada.

domingo, maio 17, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 85ª parte

Não, não é a Sharon Stone. Também não é a Demi Moore. Nem a Charlize Theron. Mas anda por ali perto. Quando soube quem era, não queria acreditar. Quem é, quem é?

When The Saints Go Marchin' In

Olha que dois! Fabuloso!

sexta-feira, maio 15, 2009

Tertúlia Virtual - Ilha Deserta, 10 Anos

(…)
Entretanto, Nauri, separada da família pelo furacão, viu-se lançada na sua própria e singular aventura. A água atirara-a ao mar por cima do atol, agarrada a uma tosca prancha de madeira que lhe havia ferido, magoado e esfolado o corpo. Uma vez no oceano, sob o assombroso acometimento daquelas verdadeiras montanhas de água, perdera a prancha. Era uma mulher de quase sessenta anos de idade, mas nascera nas Paumotus e sempre estivera em contacto com o mar. Enquanto nadava na escuridão, asfixiando, afogando-se, lutando por respirar, um coco bateu-lhe com força no ombro. Naquele mesmo instante, concebeu um plano. Recolheu o coco e durante os sessenta minutos seguintes, reuniu mais seis. Atando-os uns aos outros, formou com eles um cinto salva-vidas que a manteve à tona de água, embora, por outro lado, ameaçasse ferir-lhe o corpo. Era gorda e magoava-se com facilidade, mas já passara por muitos ciclones e, enquanto elevava preces ao deus encarregado de afugentar os tubarões, esperou que o vento amainasse. Às três horas encontrava-se num tal estado de apatia que já não se dava conta de nada. Quando, às seis, sobreveio a calma, não se apercebeu desse facto. Só recuperou os sentidos ao ser atirada à praia. Enterrou as mãos ensanguentadas na areia e, com a ajuda dos pés, rastejou até se encontrar fora do alcance das ondas.
Sabia onde estava, aquela terra só podia ser a pequena ilha de Takokota. Não tinha lagoa no centro, era uma ilha deserta. (…) Passaram vários dias, durante os quais se alimentou dos cocos que a tinham mantido a flutuar e que lhe proporcionaram água e alimento. Mas não comeu nem bebeu tanto como desejava. Era muito pouco provável que a viessem procurar. Viu o fumo dos vapores de salvamento a erguer-se no horizonte, mas porque razão um navio se acercaria de uma ilha isolada e deserta? (…) Esperou ser salva durante oito dias.
Jack LondonA Casa de Mapuhi (excertos) in Contos do Pacífico

Cinco coisas muito importantes:
- Uma vaca leiteira. Espero bem que a querida Heloísa, a vaca, vá produzindo leite suficiente para me alimentar e matar a sede. Com o leite, farei queijo, manteiga e iogurtes e, cá para mim, ainda vou utilizar estes bens como moeda de troca a algum blogueiro náufrago e desesperado que me bata à porta da cabana cheio de fome. Ó Rose, tenho tanta fome… Ai, sim? Olha que maçada. Que tens aí prá troca? Nada?! Ai, não trouxeste nada de útil? Então e o canivetezinho suíço? Faz-te falta? Então, bebe água do mar, também faz bem…

- Um boi cobridor. Espera-se que Abelardo, o boi, cumpra as suas obrigações conjugais com a sua amada Heloísa e que daí resulte um vitelinho ou vitelinha de vez em quando. Vitelos estes que, quando crescerem, se espera também que constituam família. E por aí fora. Significa tudo isto mais leite e carne. E a fila de miseráveis, infelizes e esfomeados blogueiros a aumentar à porta da cubata. Coitados…

- O meu edredon de penas. Quentinho, quentinho, quentinho, que isto nunca se sabe… pode levantar-se uma briza fresca à noite e o Tarzan pode não estar ali à mão... por entre as penas e assim como quem não quer a coisa, conto levar o estojozinho da saúde com todos os “Essencial Beauty Care” do costume. E um pé de videira para enxertar não sei onde (depois logo se vê) sementes de trigo, de feijão, de tomate e de… bom deixa pra lá... Espero que aqueles dois guardas alfandegários, os algozes Jorge e Eduardo, soezes esbirros, cruéis ditadores torcinários, déspotas assassinos e vis genocidas sem perdão, estejam distraídos a olhar para alguma bunda daquelas ou um par de mamas daqueles.

- Uma caixa. Lá dentro haverá papel e canetas para escrever as minhas memórias e ainda 100 livros, o que dá uma média de 10 livros por ano, o que me parece razoável, pois terei pouco tempo livre. A Heloísa, o Abelardo e respectiva descendência manter-me-ão ocupada. Já para não falar da horta no quintal da mansão que entretanto foi sendo construída pelos outros desgraçados perdidos, humilhados e ofendidos em troca de comida.

- Cordas. Muitas cordas com as quais me amarrar a um coqueiro quando vier outro maldito ciclone como aquele que me atirou para este paraíso fiscal. Daqui não saio…



Mankind Is No Island
Mas como cantava o poeta “é impossível ser feliz sózinho”, deixo-vos com esta curta-metragem, vencedora do Tropfest, o ano passado em Nova York.
O Tropfest é o maior festival de curtas metragens do mundo. Começou há 17 anos em Sydney, na Austrália. Teve a sua 1ª edição no ano passado em Nova York. O vencedor de 2008 foi este filme totalmente filmado com um telemóvel em Sidney e NY, com um orçamento de 40 dólares. O realizador é Jason van Genderen. Adorei, bati palminhas. Partilho convosco. Comida não, mas o filmezinho, vá lá…Enjoy…

quinta-feira, maio 14, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 84ª parte

Meninas, não se enervem, sim?! A primeira que conseguir adivinhar que é o tubarão aqui do retrato, tê-lo-á à sua espera assim que chegar à ilha, com um grande ramo de rosas vermelhas, tapete vermelho, morangos, caviar, champanhe e cantando baixinho ao ouvido "Moonlight Becomes You", "Let's Get Lost", "While My Lady Sleeps" e "Come Rain Or Come Shine". Ninguém resiste. Mas só para quem acertar... Quem é, quem é?

O Náufrago


Dez anos depois...

A Cantiga do Coco

Já estou danada. Acabei de gastar dinheiro em dois pneus da frente, porque os outros já eram slicks e o meu carro chumbou na inspecção por causa disso. Bem, não foi só por causa disso, havia lá mais uns "petits riens", uma lampadinha fundida na chapa de matrícula, outra lampadinha fundida não sei mais onde. A senhora já viu como é que tem estes pneus? Eu, hãã... não quéquetêm... já não tão bons?! Andava eu aqui a poupar dinheiro para comprar uma tenda para levar amanhã para a ilha e já não posso, que nervos! Lá terei que dormir ao relento...

quarta-feira, maio 13, 2009

The Reader

Continuando na semana dedicada às ilhas, desertas ou não. Digam-me lá: 100 livros conta apenas como um item, certo? Um rebanho com hum... digamos, umas 150 ovelhas conta apenas como um item, não é? E o estojo de maquilhagem? Com vários tubos de lipgloss, rimmel e lápis ou eye-liner? Sim, não pensem que vou para uma ilha deserta durante 10 anos de qualquer maneira, era o que faltava! Nunca se sabe quem é que se pode encontrar por lá, ao virar dum coqueiro, perdido também, uma mulher tem que estar preparada para tudo. Comé, ó Eduardo, podemos fazer trocas de bens com os outros 130 perdidos? E vender? Posso vender uma das minhas ovelhinhas? Mééééée...

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 83ª parte

Se ela não se puser fina bem depressa, não vai durar muito mais tempo. Nem todos são Keith Richards. Foi o próprio Richards que disse isto, acerca dessa pequena aí de cima. Esta é tão fácil, que até a mim me enjoa. Quem é, quem é?

Expulsos das Filipinas

Manila, 1966 - Devia ter sido uma pausa agradável nas Filipinas, apenas com um par de concertos pelo meio. Em vez disso, a viagem transformu-se num incidente internacional quando os "Fab Four" não apareceram num almoço organizado por Imelda Marcos, a mulher do ditador Ferdinand que tinha uma ligeira obsessão por sapatos. A banda defendeu-se, dizendo que só tinha sido informada do almoço quando viram na televisão as acusações de desrespeito à amada mãe da nação. Os Beatles tiveram que fugir de uma enfurecida multidão que esmurrou e pontapeou a sua comitiva até à porta do avião. A cara do manager, Brian Epstein, inchou como um melão. Durante o voo, os Beatles decidiram que nunca mais fariam digressões.

terça-feira, maio 12, 2009

Message In A Bottle

Semana esta dedicada ao mar e às ilhas. Em todos os posts! Heeeellooooooo!! Eu disse: em todos os posts! E ainda dizem que a web anda chata!! Só se for a vossa...

segunda-feira, maio 11, 2009

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 82ª parte

A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção de amá-la. Ora aqui está uma citação de uma sabedoria, grandeza e sensibilidade infinitas. Quem disse isto, foi este rapaz aqui ao meio. Já agora, se quiserem, também podem tentar adivinhar quem é o que está à direita, o mais alto de todos. Hoje temos dose dupla. O do meio e o fininho. Gosto mesmo é dos sapatinhos. Quem é, quem é?

À Bolina...













Estas fotos foram tiradas em duas ocasiões diferentes, por volta de 2005 e 2006. O pequeno veleiro pertence a este rapaz da camisola das riscas e passámos a bordo tempos maravilhosos de puro divertimento. Toda a gente fazia leme, toda a gente puxava cabos, toda a gente controlava as bóias... bem, uns mais do que outros. Umas vezes íamos à vela, outras a motor - quando não havia vento. Saíamos da doca em Belém, atravessávamos o Mar da Palha em direcção à Baía do Seixal e fundeávamos por lá. Toda a gente levava comida e bebida e o tempo era todo nosso. Havia sempre pão, presunto, carne assada, camarão cozido, queijo, croquetes, rissóis, pastéis de massa tenra, saladas disto e daquilo, bolos, bolinhos e outras iguarias, muito vinho tinto, muita cerveja geladinha e até se fez uma vez caldeirada a bordo. Às vezes havia champanhe, porque queríamos celebrar condignamente a vida e a amizade. Podia ficar aqui o resto da semana a contar as mil e uma peripécias que nos aconteceram, desde ficar encalhados na baía do Seixal, à noite, porque a maré desceu e nos atrasámos, um que caíu ao rio com óculos escuros e tudo e que quando reapareceu à tona de água continuava de óculos escuros... Ainda hoje nos rimos disto. Uma vez fizémos uma razia ao sumptuoso iate do Abramovich, o "Pelouros" que estava atracado no Cais da Pedra, ao pé do Lux. Só para ver de perto, claro. Não se via vivalma a bordo, mas nós tínhamos a certeza que estávamos a ser observados. Assim que nos afastámos, apareceram no convés uns quantos seguranças com um ar entre o ameaçador e o aliviado como quem diz : "vejam lá mas é se vão brincar com o vosso barquinho para bem longe daqui, tá?" Adeus, ó bolchevique! Uma vez tentámos ir até Sesimbra para ver os golfinhos, só que à saída da barra de Cascais (ou seja, mar a sério!) começou tudo a vomitar - a noite anterior, a bordo, tinha sido brava e estava tudo com a maior ressaca - e tivémos que voltar para trás... marinheiros de água doce! Uma vez apeteceu-nos passar entre o cais e um navio de cruzeiro que estava em plena manobra de desatracação e parou tudo por nossa causa! Os passageiros nem queriam acreditar, viam-se expressões de espanto e pânico! E nós ríamos e dizíamos adeuzinho boa viagem! O comandante deve ter ficado pior que estragado connosco, interrompemos-lhe a manobra! Bom mesmo é navegar à bolina, de noite a tocar na água, com o barquinho todo inclinado para um lado (como nos filmes, portanto) e ver as luzes de Lisboa a partir do meio do rio, é um espectáculo inesquecível. Por diversos motivos acerca dos quais não vou falar - seria entrar na intimidade de alguns amigos e não o vou fazer - estes tempos dificilmente se irão repetir. Ficam-nos as histórias cheias de boas recordaçãoes. Oh Captain, my Captain...