segunda-feira, janeiro 05, 2009

Jane Goodall


A história de Tarzan e da chimpazé Chita mudou a vida desta extraordinária mulher. Foi, possivelmente, ainda em criança, que esta maria-rapaz tivesse criado na sua cabeça alguma analogia com a outra Jane que, na história, se apaixonou por Tarzan, o que a levou a abandonar a civilização para mergulhar nas profundezas da selva. Jane Goodall nasceu em Bournemouth, Sul de Inglaterra, em 1934. O seu percurso de vida, não seria o esperado para uma "menina bem-comportada", de família, mas Jane mandou tudo às urtigas e em Julho 1966 aportou à região de Gombe, na Tanzânia.


Jane dedicou-se ao estudo, no terreno hostil da selva africana, dos chimpazés, trabalho este que veio revolucionar o que a comunidade científica pensava até então sobre estes mamíferos e que a transformou numa das mais conceituadas especialistas em primatas. Actualmente, o material reunido por Jane e pela sua equipa ao longo de mais de 40 anos de investigação junto de 3 comunidades de chimpazés da região de Gombe, contabiliza mais de 320 mil páginas de dados e oito mil imagens.


Um novo olhar - Até Jane se dedicar à observação e ao estudo dos chimpazés, era dado por certo que apenas os seres humanos tinham capacidade para trabalhar com ferramentas. Jane comprovou o contrário ao ver um destes primatas usar uma folha para alcançar um ninho de térmitas que, depois, comeu deliciado. Se até então e definição de humano era "aquele que utiliza instrumentos", foi preciso adoptar uma perspectiva completamente diferente.


"Só temos um planeta mas, da maneira como vivemos hoje em dia, vamos precisar de mais cinco. Temos que nos lembrar que cada dia que passa, provocamos um efeito no mundo". - Jane Goodall

Em 1977, a cientista fundou o Instituto Jane Goodall com o objectivo não só de preservar e estudar o habitat dos chimpazés, mas também de promover o estudo da fauna e flora locais, das populações humanas e do seu modo de vida e formas de desenvolvimento sustentável. Catorze anos depois, Jane criou um programa educacional chamado "Roots & Shoots", destinado a alertar as novas gerações para a necessidade de preservar o património natural e que conta actualmente com mais de oito mil grupos, em mais de 100 países. Este objectivo leva-a a percorrer o planeta durante 300 dias por ano, apesar dos seus 74 anos, em palestras e conferências mas, mesmo assim, ainda arranja tempo para escrever livros e, claro, estar com os seus "amigos" na reserva de Gombe.

A marca de roupa "Gant" associou-se ao Instituto Jane Goodall: na compra de um polo (€68), a marca planta uma árvore na floresta tropical africana. Como diz Jane, "cada um de nós tem um papel a desempenhar, cada um de nós pode fazer a diferença". Quem quiser saber mais sobre o magnífico trabalho desta mulher extraordinária, pode procurar em www.janegoodall.org, onde até se pode tornar "guardião" de um chimpazé.

3 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma das suas extraordinárias postagens!
Parabéns!

Spark disse...

Excelente Post, menina Rose!!

roserouge disse...

Há mulheres verdadeiramente extraordinárias. Dedicam-se a uma causa, lutam por ela, tornam o mundo melhor, ajudam os outros, ficam na história, deixam um legado qualquer e são felizes assim. Merecem toda a minha admiração.